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Tanques de oxigênio foram transportados de Belém para Manaus para suprir demanda em hospitais. — Foto: Divulgação

Por G1 AM

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu um procedimento para investigar a "situação real" da disponibilização de oxigênio para fins hospitalares nas unidades de saúde do Estado, nesta terça-feira (12). Segundo o Governo do Amazonas, a demanda de oxigênio tem aumentado devido ao aumento de internações por Covid-19.

O Promotor titular da 70ª Promotoria de Proteção do Patrimônio Público (PPP), Edgard Rocha, informou que expediu ofícios para a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e empresas que fornecem oxigênio para as redes pública e particular, para que prestem informações sobre o assunto no prazo de 24 horas.

O Governo do Amazonas informou, em nota, que montou uma força-tarefa para ampliar o abastecimento de oxigênio na rede estadual de saúde, o que garantiu que, em nenhum momento, houvesse desabastecimento do produto.

Segundo o Ministério, a apuração sobre falta de oxigênio nas unidades hospitalares de Manaus teve início após denúncias recebidas pelo órgão e que foram transformadas em uma Notícia de Fato.

A investigação, segundo o MPAM, será feita por um Grupo de Trabalho criado para acompanhar e fiscalizar o Plano Estadual e Municipal de Combate ao Covid-19, além de coordenar e articular medidas sobre demandas relacionadas a saúde pública.

O grupo, presidido pela Procuradora de Justiça Silvana Nobre de Lima Cabral, também acompanha a execução do Plano de Contingência do Estado no Combate ao Coronavírus, além da formulação do Plano de Imunização, quando for instituído pelo Poder Executivo.

Alta demanda por oxigênio

Em um pronunciamento nas redes sociais no último domingo (10), o governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que “a situação é dramática”, pois os fornecedores de oxigênio locais não conseguem atender a demanda crescente do Estado, em decorrência do aumento de internações por Covid-19.

De acordo com o Governo do Amazonas, o volume de oxigênio líquido contratado pelo Governo do Amazonas na pandemia, na área da saúde, passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês. Um acréscimo de 382,9%.

Entre sexta-feira (08) e domingo (10), 350 cilindros de oxigênio, que equivalem a 24,5 toneladas do produto, desembarcaram de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) em Manaus vindos de Belém (PA). Ainda no domingo, uma remessa de isotanques com 30 mil metros cúbicos de oxigênio da empresa White Martins foi enviada de São Paulo em avião da FAB.

Outros 150 cilindros foram enviados de Brasília e uma carga de 50 mil metros cúbicos foi embarcada em uma balsa, no sábado (9), de Belém para Manaus.

Na sexta-feira (8), o governo fez um pedido de requisição administrativa de oxigênio da empresa Carboxi Gases, que informou que vai ampliar a produção de oxigênio para atender a rede estadual de saúde. A medida garante o fornecimento de 6.800 metros cúbicos de oxigênio.

Na última segunda-feira (11), a empresa White Martins, responsável pelo fornecimento do material ao governo, disse ao G1 que o consumo de oxigênio em unidades de saúde de Manaus está seis vezes maior por conta do surto de Covid-19 que a capital vivencia.

Outra medida determinada pelo governado é a abertura de chamamento público para aquisição de miniusinas de oxigênio. Medida que poderia garantir autonomia de oxigênio para os hospitais.

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