MIPs já totalizam 40% da produção da Sanofi no país

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Uma das três maiores indústrias farmacêuticas em atuação no Brasil, a Sanofi vem colhendo frutos da decisão de reforçar, a partir de 2017, a aposta na linha de medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Com 80 milhões de unidades por mês, a divisão de Consumer Healthcare (CHC) do laboratório, responsável por essa categoria, já representa 40% da produção total da companhia. Em 2018, sua receita nesse segmento cresceu 7,6% em relação ao ano anterior, contra 6,8% de todo o mercado de MIPs, segundo dados da IQVIA.

Há dois anos, a operação de remédios sem prescrição ganhou status de diretoria independente e hoje responde por 30% do faturamento da Sanofi, que foi de € 1,023 bilhão no ano passado – cerca de R$ 4,6 bilhões. Só o analgésico Novalgina registrou aumento de 34% nas vendas e foi o que mais contribuiu para esse desempenho. Os resultados também foram puxados pelo Dorflex, o remédio mais comercializado no país, com 8 mil comprimidos produzidos por minuto. A área de CHC reúne 27 marcas, entre as quais o Allegra, para combater alergias; e os polivitamínicos Pharmaton e Targifor.

MIPs já representam 40% da produção da Sanofi no BrasilA categoria de MIPs deve sustentar o ritmo de lançamentos de 2019. Entre as novidades estão a Enterogermina com versão tamanho família, voltada para problemas gastrointestinais e que deve chegar ao varejo ainda em junho. Também está prevista a produção do suplemento de vitamina D Depura. “A companhia experimenta uma mudança cultural e uma completa revisão do pipeline, com a proposta de colocar o consumidor no centro das decisões”, destaca Daniele Cunha, que assumiu o comando da diretoria de inovação de CHC em abril deste ano.

Com 17 anos de experiência e passagens por grupos como Inbev e Nestlé, Daniele ingressou na Sanofi com foco claro em inovação, que até 2030 deve responder por 2/3 do volume de negócios. Boa parte dessas novidades deve sair do laboratório situado no centro de desenvolvimento e pesquisa de Suzano (SP), que tem parte da produção robotizada e caminha para se tornar uma planta baseada inteiramente no conceito de indústria 4.0.

Como parte dessa proposta, a companhia anunciou em março uma parceria com a Rappi, que prevê não só a entrega de medicamentos, mas também o compartilhamento de dados dos usuários e a criação de plataformas de saúde. Outro acordo estratégico foi firmado com o Google, pelo qual a farmacêutica terá acesso privilegiado a informações sobre o comportamento de busca dos internautas. “A obtenção desses dados nos ajudará a captar mais rapidamente os anseios do consumidor e adequar nosso portfólio a essa demanda”, avalia Daniele.

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