O Estado de S.Paulo
Jornalista: Fernando Scheller
04/11/19 - No centro de inovação da Procter & Gamble, inaugurado no primeiro semestre em um novo edifício anexo à fábrica da gigante multinacional em Louveira, na Grande São Paulo, foi construída uma “casa do consumidor”. Trata-se de um espaço com 40 metros quadrados em que a empresa de bens de consumo pode observar como o consumidor troca fraldas de um bebê, usa detergente e produtos de limpeza. Essa observação ocorre por meio de paredes de espelhos, atrás das quais os pesquisadores anotam o comportamento do consumidor.
As embalagens de sabão líquido, por exemplo, ficam posicionadas sobre balanças. Dessa forma, explica a presidente da P&G no Brasil, Juliana Azevedo, a empresa pode saber se o cliente está entendendo a proposta de cada produto e embalagem. Com a emergência dos produtos concentrados, por exemplo, a executiva explica que é necessário entender se o cliente realmente segue as instruções de uso, reduzindo a quantidade aplicada. Se isso não ocorrer, diz ela, o produto pode ter problemas de aceitação, pois ele pode parecer “caro” para o cliente.
Lavanderia
Ao lado da casa do consumidor, o centro de inovação tem cabines sensoriais para testes de aroma e, no andar de cima, ficam os testes com diversos tipos de produtos. Ao todo, 150 cientistas têm a missão de desenvolver ideias para toda a América Latina. Em uma das salas, a P&G organizou uma grande lavanderia multinacional. Há modelos de todas as máquinas mais vendidas em cada país da região, conectadas a torneiras que utilizam água de composição semelhante à de cada nação. Tudo para garantir que os produtos tenham resultado uniforme em toda a América Latina.
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