Resposta imune às nanopartículas
Palavras muito ouvidas e lidas na imprensa nos últimos anos - tais como nanotecnologia, nanopartículas com medicamentos e medicina personalizada - parecem trazer sinais de um futuro brilhante e remédios mais modernos e mais eficazes.
O que não se ouve falar tão comumente é que os nanomedicamentos podem causar efeitos colaterais graves quando essas nanopartículas se juntam dentro corpo, acabando por ficar grandes demais.
Por menores que sejam fabricados, esses nanomedicamentos facilmente atingem o tamanho de um vírus, quando então o corpo os reconhece como inimigos potenciais contra os quais é preciso se defender.
Começa então uma resposta imune que pode desandar para situações muito graves.
Fenômeno Carpa
Há uma resposta de hipersensibilidade frequente quando são testados esses nanomedicamentos: o chamado fenômeno Carpa, sigla em inglês para Complement Activation-Related PseudoAllergy.
Até 100 pacientes por dia em todo o mundo sofrem reações graves, incluindo distúrbios cardíacos, dificuldade de respiração, dores no peito e nas costas ou desmaios quando certas nanopartículas usadas em tratamentos médicos atingem o sangue.
E, a cada 10 dias, um paciente morre devido a uma reação anafilática incontrolável.
Pseudoalergia
Esta pseudoalergia tem os mesmos sintomas de uma alergia comum, mas com uma diferença crucial: a reação ocorre sem exposição sensibilizante anterior a uma substância, tornando difícil prever se uma pessoa vai reagir a um nanomedicamento específico.
A revista científica European Journal of Nanomedicine publicou um número especial sobre o assunto, tentando levantar os mais recentes avanços científicos sobre o fenômeno CARPA, em uma tentativa de evitar percalços para o desenvolvimento dos nanomedicamentos.
Contudo, apesar dos avanços relatados pelos maiores especialistas no assunto de todo o mundo, ainda há mais questões do que respostas em relação às causas e a como lidar com essa pseudoalergia.
Fonte Diário da Saúde
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