Nanogel antivírus
Uma equipe de virologistas e bioquímicos da Alemanha e da Índia desenvolveu nanogéis de baixo custo capazes de prevenir infecções virais de forma eficiente.
Nanogéis são substâncias gelatinosas projetadas com estruturas em escala nanométrica - 1 nanômetro equivale a 1 bilionésimo de metro.
Os nanogéis flexíveis imitam os receptores da superfície das células que várias famílias de vírus usam como "ancoradores" para se ligar. Os patógenos aderem às moléculas de nanogel, de forma que a probabilidade de uma infecção das células diminui significativamente.
Nos experimentos, os nanogéis alcançaram um efeito inibitório de infecção viral de até 90%.
O material foi criado por pesquisadores do Instituto de Bioquímica e Biologia de Potsdam, Instituto de Química e Bioquímica e Centro de Medicina de Infecção, na Alemanha, e da Associação Indiana para o Cultivo da Ciência.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">Capturando vírus
Apesar do grande número de vírus que existem - mesmo o número de vírus já identificados é enorme -, a maioria dos medicamentos hoje disponíveis é eficaz contra apenas um único vírus, ou alguns poucos da mesma família, porque esses fármacos bloqueiam apenas proteínas virais específicas para interromper o ciclo de replicação viral nas células infectadas.
Contudo, muitos vírus têm semelhanças, interagindo com os mesmos receptores e correceptores nas superfícies celulares, o que vem ampliando as pesquisas para criar medicamentos que combatam todos os vírus, ou pelo menos uma boa parte deles.
A equipe projetou seu nanogel para capturar os vírus que usam como porta de entrada os proteoglicanos de sulfato de heparano, polissacarídeos encontrados em todos os tecidos animais. O composto ativo é feito à base de sulfato de poliglicerol dendrítico.
Esses nanogéis oferecem a vantagem de poderem adaptar-se com flexibilidade à superfície do vírus. Isso aumenta suas interações multivalentes com as partículas do vírus e reduz a probabilidade de que os patógenos sejam capazes de se separar novamente.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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