A Nestlé informou ontem que o lucro do primeiro semestre caiu apesar do aumento das vendas, e elevou sua perspectiva de crescimento orgânico das vendas para o ano inteiro. As vendas chegaram a CHF 45,58 bilhões, alta de 9,15% ante CHF 41,76 bilhões no ano anterior. Com a maior expansão nos últimos 14 anos, a Nestlé viu a decisão de repassar as altas dos custos aos consumidores não impactar seu faturamento. As informações são do Valor Econômico.
“Registramos um forte crescimento orgânico, ao mesmo tempo em que continuamos a ajustar nossos preços de maneira responsável”, disse Mark Schneider, executivo chefe do grupo suíço, durante o anúncio dos resultados.
Na América Latina, os aumentos de preços superaram a casa dos 10% e, mesmo assim, o crescimento no mercado brasileiro chegou aos dois dígitos. No mundo, as vendas atingiram US$ 72,5 bilhões em 2022, contra US$ 69,4 bilhões em 2021.
O crescimento orgânico foi de 8,5%, enquanto o preço impactou o resultado na casa de 7,5%. O crescimento, em termos de volume, foi de 1%. Os produtos de nutrição infantil e chocolates foram o motor dos negócios da empresa no Brasil.
A marca brasileira de produtos de nutrição Puravida foi definitivamente comprada em setembro pela Nestlé. Com atuação nacional, os planos do grupo agora são levar a marca para toda a América Latina.
A Puravida foi fundada em 2015, em São Paulo, por Flavio Passos, a quem juntou-se, mais tarde, Adrian Franciscono como CEO e sócio. Em 2020, a Aqua Capital tornou-se acionista e apoiou o crescimento e a transformação da empresa. O processo de compra pelo grupo foi anunciado e teve início em 24 de maio.
A previsão da Nestlé agora é de um crescimento orgânico de vendas na casa de 8% para 2022. Já a margem operacional corrente deve ficar na casa dos 17%. O grupo também espera um aumento de rentabilidade, lucro por ação e taxa de câmbio.
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