Nestlé divulga balanço e precisa dizer aonde vai
ÀS SETE - A expectativa é de uma alta de 11% no lucro, que deve chegar a 9,72 bilhões de francos suíços (cerca de 10,43 bilhões de dólares)
Por EXAME Hoje
O maior fabricante de alimentos do mundo, a Nestlé, divulga seus resultados de 2017 nesta quinta-feira em um período de extrema pressão. A expectativa é de uma alta de 11% no lucro, que deve chegar a 9,72 bilhões de francos suíços (cerca de 10,43 bilhões de dólares).
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Os números, no entanto, não devem ser suficientes para acabar com as críticas de investidores que acusam a empresa, cujos negócios variam desde pizza congelada e sorvete até cremes para a pele e água engarrafada, de estar presente em segmentos pouco rentáveis e de não acompanhar as mudanças do mercado.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">Em uma resposta às críticas, a Nestlé tem feito mudanças. Em janeiro a companhia nomeou três membros independentes para o conselho da empresa, formado por 14 membros.
A Nestlé também anunciou a venda de sua unidade de doces nos Estados Unidos à italiana Ferrero por 2,8 bilhões de dólares, abrindo caminho para a procura de produtos mais saudáveis.
No fim da semana passada a empresa de cosméticos L’Oreal veio a público dizer que compraria a participação de 23% que a Nestlé tem na companhia se ela estivesse disposta a vender.
A venda dessa participação da Nestlé na L’Oreal é a principal batalha do investidor ativista Daniel Loeb, que tem 1,3% de participação na Nestlé e vem fazendo críticas à companhia.
No fim de janeiro Loeb publicou uma carta pedindo ao presidente da Nestlé, Mark Schneider, para esclarecer o foco da companhia, dizendo que os acionistas estavam confusos. O próprio Schneider veio de uma companhia de saúde no ano passado, o que ajudou a confundir um pouco mais os investidores.
Loeb também questionou a expansão da Nestlé no segmento de saúde, que incluiu um acordo recente para comprar a fabricante canadense de vitaminas Atrium Innovations, por 2,3 bilhões de dólares.
Loeb, investidores e analistas terão mais uma oportunidade de questionar a empresa após a divulgação de seus números nesta quinta-feira.
A Nestlé precisa dar respostas a seus investidores num momento em que grandes conglomerados, como GE e Unilever, têm sido cada vez mais cobrados por seus investidores. Mostrar que ter os ovos em tantas cestas é uma vantagem, e não um peso extra, é cada vez mais difícil.
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