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Foto: Getty Images

Redação GS1 Brasil

A Nestlé Health Science, braço de saúde e ciência nutricional da Nestlé, lança essa semana a segunda edição do programa Nestlé Beyond Food, que recruta startups para trabalhar em parceria com a companhia.

O Brasil é o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo em nível global, com mais de US$ 42 bilhões sendo gastos anualmente em cuidados de saúde privados. O país tem alta disponibilidade de startups e investimentos de fundo de capital de risco, com a maior parte concentrando-se em São Paulo, segundo dados da pesquisa Global Startup Ecosystem Report, do Startup Genome – que avalia os principais ecossistemas e as cidades mais promissoras no campo da inovação em todo o mundo.

Nesse cenário, a companhia segue apostando na inovação aberta, com o objetivo de solucionar desafios de negócio e acelerar resultados no mercado de nutrição e saúde do País. Apostando na transformação digital, a unidade brasileira de Nestlé Health Science aumentou em 10 vezes seus investimentos no contexto de inovações online nos últimos cinco anos, com patamares superiores a R$ 20 milhões anuais.

Em 2019, a primeira edição do Beyond Food teve 130 projetos inscritos para concorrer a um aporte de R$ 1 milhão. Duas startups venceram o desafio: Meplis, do Rio de Janeiro, e Insight Technologies, de São Paulo, que seguem no desenvolvimento de dois projetos piloto para a área de nutrição médica.

“O Brasil é o primeiro país do mundo em que Nestlé Health Science executou um programa de co-criação de projetos com startups de eHealth. Reconhecemos o rico potencial de nosso ecossistema de inovação e estruturamos o Nestlé Beyond Food 2.0 de forma a provocar e estimular esse ambiente de startups de saúde, em prol dos pacientes e do espírito colaborativo e empreendedor, tão característicos de nosso país”, explica Mônica Meale, head de Nestlé Health Science para a América Latina.

Seleção das startups

Nesta edição do Nestlé Beyond Food, as startups selecionadas deverão realizar um piloto a partir de um produto ou serviço já desenvolvido e disponível no mercado. A ideia é que essas soluções possam ser testadas e validadas para atender a alguns dos desafios propostos por Nestlé Health Science.

As startups serão inicialmente selecionadas de forma ativa pela Innoscience (consultoria especializada em gestão de projetos com startups parceira da Nestlé Health Science) e hubs de inovação, e também poderão se inscrever proativamente.

As startups serão convidadas para o eventos online de pitch, que acontecerão entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, quando haverá a primeira seleção de startups. Essas, em parceria com executivos que serão os sponsors de cada desafio, irão elaborar as propostas iniciais de pilotos baseadas nos desafios submetidos pelas áreas.

Segundo a empresa, os desafios contemplam desde necessidades de capacitação avançada de força de vendas, soluções em trade 2.0, inovação em produtos nutricionais, saúde e prototipagem com impressão 3D ou 4D.

Em fevereiro, as startups vencedoras serão definidas e seus respectivos projetos recebem investimento por parte da Nestlé Health Science, com início efetivo em março. Ao final do programa, caso o projeto seja validado, as startups poderão ser contratadas como parceiras ou fornecedoras da companhia.

Entre os critérios utilizados para avaliar as startups estão a aderência aos desafios propostos e já ter disponível no mercado um produto ou serviço que ajude a acelerar o ecossistema de saúde e nutrição – ou seja, ao menos um MVP (Produto Mínimo Viável) desenvolvido e validado. As inscrições estão abertas para startups localizadas em qualquer lugar do mundo.

Segundo o head de e-business da unidade para a América Latina, Victor Vendramini, o nome Nestlé Beyond Food foi proposital porque a empresa quer ir além do produto. “A gente pode inovar em plataformas, relacionamento, cadeia de fornecimento, experiência de consumidor, gestão. Não dominamos a inovação em todos esses pontos, nem vamos dominar e tudo bem. Podemos aprender. Tem gente que sabe mais do que nós, então que tal trazer essas startups para serem nossos parceiros? Todos ganham no final”, explica.

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