A Novartis, uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, anunciou que desistiu de uma ação judicial contra a Takeda, sua concorrente no mercado de medicamentos. A ação visava obter acesso a documentos da Takeda que poderiam comprovar um caso de roubo de segredos comerciais por parte de um ex-funcionário da Novartis. As informações são do Fierce Pharma.
O caso começou em outubro deste ano, quando a Novartis entrou com uma queixa no Tribunal Superior de Massachusetts, nos Estados Unidos, alegando que um ex-colaborador que trabalhava no Egito teria copiado mais de 10 mil documentos confidenciais da empresa para seu e-mail pessoal antes de se demitir. Em seguida, ele teria sido contratado pela Takeda para exercer uma função similar à que tinha na Novartis.
A Novartis afirmou que os documentos continham informações estratégicas sobre seus produtos, planos de marketing, preços, estudos clínicos e dados de pacientes. A empresa solicitou ao tribunal que ordenasse à Takeda que entregasse os documentos e os dispositivos eletrônicos do ex-funcionário para serem examinados por peritos.
No entanto, na segunda-feira desta semana, a Novartis apresentou um documento ao tribunal informando que havia desistido da ação. O motivo da desistência não foi revelado, mas fontes internas da empresa disseram que a questão "foi resolvida".
A Takeda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas em sua defesa inicial negou qualquer envolvimento no suposto roubo de segredos comerciais. A empresa japonesa afirmou que não tinha conhecimento dos documentos copiados pelo ex-funcionário e que não os utilizou para obter vantagem competitiva.
O caso da Novartis não é o único do gênero no setor farmacêutico. Outras grandes empresas como Pfizer, GSK, Genentech, AbbVie e FibroGen também enfrentaram processos judiciais por parte de ex-funcionários acusados de desviar informações confidenciais para outras companhias ou para uso próprio.
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