Washington, 14 ago (EFE).- A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou nesta quarta-feira um novo antibiótico contra um tipo resistente de tuberculose pulmonar, uma das doenças infecciosas mais letais do mundo.
Em comunicado, a agência, que integra o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, informou ter autorizado o uso do antibiótico pretomanida combinado com as substâncias bedaquilina e linezolida para o tratamento da doença.
Segundo a vice-comissária principal da FDA, Amy Abernethy, a resistência da tuberculose aos medicamentos evidencia "ameaças para a saúde pública devido às opções limitadas de tratamento".
"Os novos tratamentos são importantes para responder às necessidades nacionais e globais de saúde do paciente. É por isso que, entre nossos esforços para tratar da resistência antimicrobiana, nos focamos na facilitação do desenvolvimento de novos tratamentos seguros e efetivos para dar aos pacientes mais opções contra infecções que ameaçam a vida", explicou Abernethy.
Na nota, a agência reguladora americana explicou que o novo antibiótico foi aprovado para tratar "uma população limitada e específica de pacientes adultos com tuberculose pulmonar".
A FDA também informou que entre os efeitos colaterais observados no tratamento com o novo antibiótico estão dores musculares e de cabeça, fraqueza, acne, anemia, náuseas, vômitos, aumento das enzimas do fígado e diarreia.
O antibiótico foi desenvolvido pela TB Alliance, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de medicamentos contra tuberculose. A instituição antecipou em um comunicado que espera que a pretomanida esteja disponível nos Estados Unidos até o fim deste ano.
Além disso, a TB Alliance enviou o antibiótico para avaliação de várias agências de saúde europeias e disponibilizou as informações à OMS para que a organização considere sua inclusão nas diretrizes sobre tratamento contra tuberculose.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 foram registrados cerca de 490 mil novos casos de tuberculose resistentes a diversos medicamentos. A entidade também aponta a tuberculose como uma das dez principais causas de morte no mundo. Em 2017, 1,6 milhão das 10 milhões de pessoas que tinham a doença morreram. EFE
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