Novo revés no tratamento do Mal de Alzheimer

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AFP

Uma molécula considerada promissora contra o Mal de Alzheimer não mostrou a eficácia esperada em uma série de testes clínicos cujos resultados foram publicados nesta terça-feira na revista Journal of the American Medical Association (JAMA).

Estudos anteriores tinham levado a pensar que a idalopirdine, do grupo farmacêutico dinamarquês Lundbeck, poderia melhorar as capacidades cognitivas em pessoas com Mal de Alzheimer tratadas previamente com fármacos existentes para minimizar os sintomas, sem deter o desenvolvimento desta degeneração neurológica incurável.

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Uma equipe internacional de pesquisadores realizou três testes clínicos em 34 países com 2.525 participantes de ao menos 50 anos de idade em uma fase moderada da doença. Entre 62% e 65% dos participantes eram mulheres.

Os ensaios, com uma duração de 24 semanas cada, foram realizados entre outubro de 2013 e janeiro de 2017.

Os participantes foram selecionados aleatoriamente para tomar uma determinada dose de idalopirdine ou de um placebo, com outro tratamento existente contra o Alzheimer.

"Os resultados foram decepcionantes porque esta nova molécula não fez nada para melhorar a cognição dos participantes nem para conter seu declínio cognitivo, independentemente da dose", escrevem os autores.

"Estes resultados mostram que a idalopirdine não deve ser usada para o tratamento do Mal de Alzheimer", conclui a equipe de cientistas, que inclui Alireza Atri, do centro médico California Pacific em San Francisco.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem demência, em sua maioria pelo Mal de Alzheimer.

 

A previsão é que este número dobrará até 2030 e triplicará até 2050, chegando a 115,4 milhões, se não for descoberto um tratamento efetivo nos próximos anos.

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