Em entrevista ao InfoMoney, CFO da empresa fala sobre perspectivas e a falta de insumos da China para produção de medicamentos
Por Anderson Figo | Infomoney
Há pouco mais de uma semana, a Pague Menos (PGMN3) concluiu a compra da Extrafarma e se tornou a segunda maior rede de farmácias do país. A aquisição não altera o guidance da companhia de abertura de 120 lojas em 2022, segundo o CFO da companhia, Luiz Novais.
Ele participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2022 e sobre perspectivas.
Entre abril e junho, a Pague Menos registrou lucro líquido de R$ 56,7 milhões, 20% a menos que o reportado em igual período do ano passado. Segundo Novais, o desempenho foi afetado em partes pela falta de insumos vindos da China para a produção de medicamentos.
“A contaminação para todas as variantes de gripe e etc tem gerado uma grande demanda de produtos para essas categorias. Por conta disso, a indústria mundial não se recompôs ainda na produção dos insumos necessários para a produção de antibióticos e assim por diante. A China, que é o principal fornecedor de insumos mundial, pelo o que a gente conversa com nossos fornecedores, não tem conseguido suprir toda a demanda”, disse o CFO.
“Isso acaba afetando um pouco negativamente as vendas das farmácias. É um problema estrutural, acho que todos nós, varejistas desse setor, estamos sofrendo um pouco com esse tema. Não fosse por ele, acho que o crescimento [da receita da companhia] seria um pouco maior do que já vem sendo”, completou o executivo.
Ele falou ainda sobre abertura e fechamento de lojas, o destino da marca Extrafarma e o aumento esperado de SKUs (produtos) disponíveis nas unidades da rede, além de alavancagem, endividamento, investimentos previstos, dividendos e o foco no Norte e Nordeste.
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