Cerca de 60% da população brasileira lê a bula do remédio, segundo entrevistas realizadas com 38.400 pacientes sobre o uso e a compreensão da ação dos medicamentos em cinco regiões brasileiras.
A pesquisa de Tatiane da Silva Dal Pizzol e colaboradores das universidades federais do Rio Grande do Sul, Ceará, Pelotas, São Paulo, Santa Catarina e Fundação Oswaldo Cruz (Rio) foi publicada na Revista Brasileira de Epidemiologia.
Os mesmos autores, há 20 anos, fizeram estudo similar e destacam que, apesar de todos os avanços tecnológicos de mídia, como internet, smartphone, computadores e TV, as bulas continuam sendo uma fonte importante e confiável de informações para usuários de remédios.
A bula protege e orienta os pacientes sobre eventuais efeitos adversos, doses, uso indicado e dosagem máxima.
Como o uso de drogas que podem diminuir reflexos e consequente habilidade na direção de veículos, criando possibilidade de graves acidentes.
É o caso dos tranquilizantes ou anti-histamínicos, potencializados quando com o consumo concomitante de bebidas alcoólicas por adultos.
Para as crianças, há inúmeras orientações. Uma das mais importantes é o uso contraindicado do ácido acetilsalicílico (aspirina) quando elas apresentarem sintomas de gripe. Há possibilidade de desencadear a síndrome de Reye, um grave distúrbio na função cerebral.
As pequenas e redondas pílulas ficam mais bonitas com a tartrazina. Esse corante amarelo pode eventualmente causar crises de asma brônquica em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico, como ensina a bula.
Fonte: Folha de S. Paulo Online
Comentários