O Brasil é hoje o sexto maior mercado de medicamentos genéricos do mundo, atrás dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França. Com preços, no mínimo, 35% mais baratos do que os medicamentos de referência – e com a mesma eficácia e segurança no tratamento, comprovada por rígidos critérios estipulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) -, os genéricos foram introduzidos por lei no País há 20 anos. Nessas duas décadas, segundo o IQVIA, instituto especializado em dados de consumo e tendências da área de saúde, a economia gerada pelos genéricos equivale a mais de R$ 120 bilhões.
Uma opção de medicamento que permite que o tratamento tenha início e continuidade a um preço acessível é essencial e permanecerá sendo determinante para a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Atualmente, no Brasil, 96% das classes terapêuticas são atendidas pelo genérico.
O início da introdução dos genéricos no País foi desafiador e marcado pela desconfiança do paciente – e até mesmo por parte da classe médica. Porém, hoje, o genérico é aceito por praticamente 80% da população, representando 33% de todos os medicamentos consumidos no país, de acordo com a PróGenéricos. Esse percentual, porém, ainda está bem abaixo das estatísticas de países mais desenvolvidos onde o mercado de genéricos já se encontra mais maduro. Nos EUA, por exemplo, ele chega a quase 80% em volume.
A indústria farmacêutica brasileira deverá continuar investindo em oferta de novas apresentações, pesquisa e desenvolvimento de genéricos inéditos e de alta complexidade e, em parceria com órgãos e profissionais da saúde, seguirá contribuindo para que a população, nas regiões mais longínquas deste Brasil, mantenha tratamentos importantes, principalmente no caso de doenças crônicas. Esse é um dos principais compromissos e desafios do nosso setor.
Fonte: Diário do Nordeste
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