O Globo
28/01/22 - O primeiro teste médico do mundo autorizado a expor deliberadamente os participantes ao coronavírus está buscando mais voluntários à medida que intensifica os esforços para ajudar a desenvolver vacinas melhores.
O teste da Universidade Oxford foi lançado em abril passado, três meses depois que o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar os chamados testes de desafio para humanos envolvendo a Covid-19.
Sua primeira fase, ainda em andamento, concentrou-se em descobrir quanto do vírus é necessário para desencadear uma infecção, enquanto a segunda terá como objetivo determinar a resposta imune necessária, afirmaram os pesquisadores.
Os cientistas estão perto de estabelecer que a infecção pelo vírus é assintomática ou leve em metade dos contaminados.
Eles então planejam expor voluntários — todos previamente infectados ou vacinados naturalmente — a essa dose da variante original do vírus para determinar quais níveis de anticorpos ou células T imunes são necessários para prevenir uma infecção.
— Essa é a resposta imune que precisamos induzir com uma nova vacina — disse Helen McShane, professora da Universidade Oxford e investigadora-chefe do estudo.
As descobertas do estudo ajudarão a tornar o desenvolvimento futuro de vacinas muito mais rápido e eficiente, disse o comunicado.
Imunologistas globais têm procurado identificar a reação imunológica que uma vacina deve produzir para se proteger contra a doença, conhecida como um correlato de proteção. Uma vez descoberto, a necessidade de testes de vacinas em massa é bastante reduzida.
Riscos
Uma desvantagem é o risco de danos aos voluntários que contraírem a doença, mas a universidade está tomando precauções.
Os participantes precisarão ser saudáveis e com idade entre 18 e 30 anos. Eles ficarão em quarentena por pelo menos 17 dias e qualquer um que desenvolver sintomas receberá o tratamento com anticorpos monoclonais ronapreve da Regeneron.
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