
As Farmácias Pague Menos alcançaram um lucro líquido de R$ 96 milhões em 2020 e reverteram o prejuízo de R$ 6,9 milhões do ano anterior. A rede cearense terminou o ano com faturamento de R$ 7,3 bilhões, número 7,6% acima do de 2019, e market share de 5,7% no varejo farmacêutico nacional. É o terceiro maior player do setor, de acordo com o ranking da Abrafarma.
O quarto trimestre foi o mais exitoso da companhia em 2020, representando quase 40% da lucratividade total. Nesse período, a média mensal de vendas por loja superou meio milhão. Com isso, o tíquete médio por cliente saltou de R$ 56,27 para R$ 67,09 no ano, uma alta de 19,2%. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 572,4 milhões, um aumento de 14,2% sobre 2019.
A aposta nos serviços clínicos foi um dos fatores determinantes para os resultados. “Avançamos na nossa proposta de atender a classe média expandida com uma solução abrangente que complementou a atividade de varejo, por meio de consultórios farmacêuticos, farmácia de manipulação e medicamentos especiais, entre outras ferramentas que compõem nosso hub de saúde”, comenta o CEO Mário Queirós.
Atualmente, 809 das 1.105 lojas da rede (73%) já contam com as salas de assistência farmacêutica Clinic Farma. “Além de dispor de mais de 30 serviços e testes, esses espaços possibilitam ampliar o escopo de parcerias com clientes de empresas. Estamos, inclusive, desenvolvendo uma solução de integração com planos de saúde privados, para que eles utilizem o Clinic Farma como posto avançado de monitoramento de doenças crônicas, ampliando a eficácia da cobertura médica”, revela o executivo.
Capilaridade e vendas digitais
A Pague Menos fechou 2020 com 1.105 lojas distribuídas em 327 municípios de todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. O Nordeste ainda concentra o maior número de pontos de venda – 60%, mas a participação do Sudeste já supera 21%.
Os canais digitais também registraram evolução no período. A receita acumulada de R$ 399,9 milhões já faz as vendas online totalizarem 5% do faturamento da rede. Nas regiões Sudeste e Sul, a participação chega a 10%. O sistema de clique e retire é responsável por 36% desse movimento.
“A pandemia impulsionou esse resultado, assim como a demanda por categorias específicas como as de vitaminas, itens de higiene pessoal e aparelhos de saúde. Só no quarto trimestre, os não medicamentos responderam por mais de 35% do volume de negócios”, destaca Queirós.
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