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Por RACHEL FEINTZEIG

A jornada de trabalho dos administradores de empresas está espichando.

Cerca de metade de todos os gerentes trabalha mais de 40 horas por semana, segundo uma nova pesquisa da consultoria EY, e 39% relatam que suas horas aumentaram nos últimos cinco anos. Não é surpresa, então, que ao redor de 35% dos profissionais afirmem que está ficando mais difícil de equilibrar trabalho e vida pessoal.

A pesquisa, que colheu opiniões de 9.699 empregados em tempo integral em oito países, levanta algumas questões sobre a sustentabilidade do atual ritmo de trabalho, diz Karyn Twaronite, que lidera as pesquisas sobre diversidade e inclusão da EY e encomendou o estudo.

Os empregados relatam que suas responsabilidades no trabalho aumentaram enquanto os salários permanecem inalterados em sua maioria. E, embora tecnologias como os smartphones fornecidos pelas empresas e softwares para trabalhos remotos tenham dado aos trabalhadores alguma flexibilidade, elas também mantém as “pessoas atreladas ao trabalho sete dias por semana”, observa Twaronite.

Nos Estados Unidos, 58% dos gerentes afirmaram trabalhar mais de 40 horas por semana, carga menor apenas que a dos gerentes do México, onde 61% disseram estar trabalhando assim. Em comparação, apenas 35% dos gerentes britânicos e menos de 20% dos gerentes da China relataram trabalhar além de 40 horas.


A mudança registrada nas horas trabalhadas parece atingir duramente os pais. Cerca de 41% dos gerentes que têm filhos dizem que eles viram suas horas de trabalho aumentar nos últimos cinco anos, comparado com 37% dos gerentes que não têm filhos. As mulheres que trabalham também classificaram a tarefa de administrar seu trabalho e vida pessoal como ligeiramente mais difícil do que os homens e aqueles que não têm filhos, mas os participantes do estudo dos dois gêneros e de todas as gerações relataram que estão sentindo a pressão.

O que está tornando tão difícil administrar a carreira e a família? Os participantes culparam os salários estagnados e o aumento das despesas, em conjunto com o aumento da carga de trabalho. Os gerentes nos EUA disseram que eles têm dificuldades em dormir tempo suficiente e encontrar tempo para eles próprios enquanto lidam com mais responsabilidades.

Essa descoberta sugere que os líderes corporativos precisam pensar mais sobre o bem-estar dos empregados, diz Twaronite.

“Já não existe aquele tempo de descanso durante o qual as pessoas podem se desligar”, diz ela. “Você pode estar encerrando seu dia, mas já é manhã na China e talvez você precise assumir responsabilidades por lá.”

Algumas empresas incentivam um horário flexível — permitindo aos trabalhadores sair mais cedo ou folgar nas sextas-feiras, por exemplo — como uma solução. Mas alguns trabalhadores americanos dizem que a flexibilidade é uma solução imperfeita. Cerca de 9% disseram que eles “sofreram consequências negativas por terem aderido a horários flexíveis no trabalho”, como não serem considerados para uma promoção ou perder o emprego.

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Joni Mengaldo

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