Paraíba teve menor índice de detecção de hepatite C do país em 2017, diz Ministério da Saúde
A Paraíba foi o estado brasileiro com menor índice de detecção de hepatite C em 2017, segundo o levantamento realizado pelo Departamento de AIDS, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), do Ministério da Saúde. Em 2016, a menor taxa entre as capitais foi observada em João Pessoa, com 2,5 casos para cada 100 mil habitantes.
No ranking das capitais, as maiores taxas de detecção da doença apresentou onze capitais com taxas superiores à nacional (13,3 casos por 100 mil habitantes). De acordo com o boletim, as regiões Norte (1,0), Nordeste (1,6) e Centro-Oeste (3,8) apresentam os menores índices de notificação da hepatite C – ficando abaixo da média nacional.
O Boletim Epidemiológico de 2017 constatou ainda que 58,5% dos casos de hepatite C ocorreram em pessoas do sexo masculino e 41,5% no sexo feminino. Os dados mostram que os casos confirmados da doença ocorreram, em sua maioria, na faixa etária acima de 60 anos (18,8%).
Do total de casos notificados e analisados, cerca de 52% desconheciam a provável fonte de contaminação e 9% deles apresentam a doença em coinfecção com HIV. Ainda segundo o levantamento, a hepatite C é atualmente a principal causa de morte entre as hepatites virais, por isso a meta do Ministério da Saúde é erradicar a doença do país até 2030.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">O Complexo Hospitalar de Doenças Infecto-Contagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, oferece o serviço gratuito de diagnóstico de hepatite C. A iniciativa faz parte da campanha realizada pelas Sociedades Brasileiras de Infectologia e de Hepatologia, que incentiva o diagnóstico dos mais de 600 mil brasileiros com a doença e o encaminhamento dos pacientes para tratamento adequado.
A presidente da Sociedade Paraibana de Infectologia, Maria Benalva Medeiros, afirma que em cerca de 90% dos casos, a hepatite C pode ser curada. Por isso, é importante detectar e tratar a doença precocemente, isto é, quando os danos ao fígado e a outros órgãos ainda podem ser controlados. Segundo ela, na Paraíba a atenção especial é com artesãos e outros profissionais que trabalham e compartilham objetos cortantes.
O teste para diagnóstico de hepatite C é um exame simples de sangue, de resultado rápido e que pode ser realizado gratuitamente em centros públicos de saúde. Para fazer o exame, basta agendar uma consulta com o médico ou enfermeiro da unidade básica de saúde. Os tratamentos para a doença são oferecidos gratuitamente pelo SUS, mediante prescrição médica.
Devem fazer o teste todas as pessoas acima de 40 anos ou de qualquer idade que tenham se submetido a cirurgias ou transfusão de sangue há mais de 20 anos; pessoas que compartilham agulhas injetáveis e objetos cortantes ou tenham feito tatuagens ou piercings sem material descartável. Além disso, as pessoas que tenham feito sexo desprotegido com múltiplos parceiros ou portadoras do vírus HIV.
Para saber atendimentos alternativos, as exigências locais para o teste ou outras dúvidas, a população paraibana deve procurar a Secretaria de Saúde de sua cidade ou estado.
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