Peru declara emergência por casos de Guillain-Barré

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Lima, 9 jun (EFE).- O Ministério da Saúde do Peru declarou neste domingo emergência sanitária em cinco regiões do país devido ao aumento incomum de casos da síndrome de Guillain-Barré, que contabilizam pelo menos uma morte e 50 pacientes nos últimos dias.

A declaração de emergência por 90 dias busca promover as condições que garantam uma cobertura adequada dos serviços de saúde à população que apresenta este diagnóstico e agilizar as compras de remédios que assegurem a provisão de atendimento médico aos pacientes, segundo indicou a resolução publicada hoje no jornal oficial “El Peruano”.

As regiões declaradas em emergência são Piura, Lambayeque, La Libertad, Junín e Lima, para as quais o ministério disponibilizará um orçamento equivalente a US$ 2 milhões.

Um policial morreu em um hospital da região Junín e outros agentes estão igualmente sendo atendidos pela síndrome, que se apresenta com os sintomas de fraqueza muscular geral e pressão alta, segundo informaram representantes do ministério.

O Instituto Nacional de Ciências Neurológicas afirmou que os casos atuais da síndrome de Guillain-Barré apresentam caraterísticas incomuns e atípicas que requerem tratamento de início rápido ou imediato.

Em uma visita a Piura, uma das regiões mais afetadas pelo surto, a ministra da Saúde, Zulema Tomás, explicou na sexta-feira que o aumento dos casos acontece no mesmo período do ano passado, ao coincidir com a mudança de estação, o que facilita a propagação desta doença que afeta o sistema imunológico.

Por sua vez, a diretora-geral do Centro Nacional de Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças, Gladys Ramírez, destacou que a incidência regular da síndrome de Guillain-Barré no Peru é de entre 200 e 300 casos por ano, mas que este ano pode chegar a 600.

“Estamos em Piura para saber qual é a causa deste surto e investigar que tipo de vírus ou bactéria ocasionou estes casos e especificamente saber que tipo de Guillain-Barré estão desenvolvendo”, acrescentou Ramírez.

Já a diretora-geral do Instituto Nacional de Ciências Neurológicas, Pilar Mazzeti, reiterou que essa síndrome não é contagiosa e que o vírus só se desenvolve quando o sistema imunológico da pessoa está fraco. EFE

Fonte: BOL

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