Cientistas da universidade Johns Hopkins conseguiram diagnosticar com exames de sangue oito tipos diferentes de câncer.
Jornal Nacional
Uma pesquisa publicada pela revista “Science” apontou um caminho revolucionário para o diagnóstico precoce de oito tipos de câncer. É uma corrida disputada gota a gota em laboratórios espalhados pelo mundo: a busca por uma forma de diagnosticar o câncer antes mesmo que ele dê sinais de que existe.
A universidade americana Johns Hopkins deu mais um passo nessa direção, avançando com a chamada biopsia líquida. Os cientistas conseguiram diagnosticar com exames de sangue oito tipos diferentes de câncer. Esses tumores são responsáveis por mais de 60% das mortes por câncer nos Estados Unidos. Cinco deles não têm nenhum tipo de exame de detecção: ovário, fígado, estômago, pâncreas e esôfago.
O índice de precisão do diagnóstico foi de 70% em média. No caso do câncer de ovário, foi de 98%. Já no de mama, 33%.
A pesquisa é da mesma universidade e segue a mesma linha de um estudo que o Jornal Nacional mostrou em 2017 e que tem a participação de um médico brasileiro.
O exame procura no sangue das pessoas os mesmos vestígios. Células cancerígenas se desenvolvem, reproduzem, e também morrem. Algumas se desprendem dos tumores e caem na corrente sanguínea. E é o DNA dessas células que mostram que um câncer está começando, mesmo antes de qualquer sintoma.
Cada uma dessas pesquisas está em um estágio diferente. O estudo divulgado nesta sexta-feira (19) entrou em uma segunda fase: ele vai acompanhar, agora, dez mil pessoas durante cinco anos. Só depois disso, se tudo der certo, é que os exames podem ser usados pela população.
Mesmo que ainda não saiba exatamente quando eles vão estar disponíveis, John Cohen, um dos líderes da pesquisa, acredita que os exames de sangue para diagnóstico precoce vão transformar o jeito com que os médicos investigam e tratam o câncer.
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