Partículas reagem quando expostas à luz ou ao calor
Mariela Cancelier
Cientistas da Universidade de Cambridge desenvolveram uma pele artificial com características camaleônicas usando nanomáquinas. De acordo com os criadores da tecnologia, essa pele poderia ser usada para criar imagens dinâmicas e até mesmo como camuflagem. A ideia de desenvolver essa tecnologia surgiu a partir de estudos sobre as interações da luz com nanopartículas normalmente feitas de ouro.
Para criar essa pele, os pesquisadores usaram um material que consiste em minúsculas partículas de ouro revestidas com uma camada de polímero, que serão mais tarde inseridas em gotículas de água no óleo. As características da pele se revelam quando ela é exposta ao calor ou à luz, que é quando as partículas se unem e a cor da pele artificial muda.
A cor é determinada por quão próximas ou distantes estão as partículas. Se as nanopartículas se afastarem, elas aparecem como vermelhas. Se elas estão agrupadas, eles aparecem azuis escuro. Como a pesquisa ainda está no início, os pesquisadores desenvolveram uma única camada, ou seja, a pele só pode mudar para uma cor. O objetivo é adicionar mais camadas para tornar a pele mais dinâmica.
Os cientistas também explicaram que as microgotas possuem a largura de um cabelo humano. Dentro das gotículas, as nanopartículas têm 14 nanômetros de diâmetro. Para referência, uma dupla hélice de DNA tem 2 nanômetros de diâmetro.
"Colocar as nanopartículas nas microgotas de água nos permite controlar a forma e o tamanho dos aglomerados, nos mostrando as mudanças dramáticas de cor", explicou Andrew Salmon, coautor do estudo. Os cientistas tiveram como base de pesquisa a pele de animais que mudam de cor, como o próprio camaleão. Essa capacidade de mudar de cor acontece por causa dos cromatóforos da pele. A pesquisa inteira foi publicada na revista Advanced Optical Materials e pode ser lida aqui.
Fonte: CNet
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