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Como qualquer outro vírus, o HIV sofre mutações que, eventualmente, podem dar origem a um novo subtipo. "Essa descoberta nos lembra que, para dar fim à pandemia do HIV, temos de acompanhar de forma contínua esse vírus em constante mutação e usar os últimos avanços da tecnologia para monitorar sua evolução", disse a coautora do estudo Carole McArthur, da Universidade do Missouri.
A descoberta não é motivo para pânico. O novo subtipo é raro e, provavelmente, restrito à República Democrática do Congo, onde a epidemia surgiu. Além disso, testes de diagnóstico são programados para reconhecer as partes mais estáveis do vírus, que geralmente não sofrem mutações. "Em relação à epidemia global, é mais um subtipo para ficarmos alertas", disse o coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Amílcar Tanuri.
Para descrever o novo subtipo, os cientistas tiveram de mapear o genoma de uma amostra de 2001. Eles conseguiram fazer o sequenciamento genético completo e determinar que o vírus era idêntico ao de outras duas amostras coletadas anteriormente, em 1983 e 1990.
"Precisamos monitorá-lo para estar sempre um passo à frente do vírus", disse Mary Rodgers, pesquisadora da Abbott e coautora do estudo. Cerca de 36,7 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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