Cientistas do Hospital Universitário da Basileia produziram cartilagem articular de células-tronco da medula óssea impedindo-as de se transformarem em tecido ósseo.
Em condições normais, as células estaminais/estromais mesenquimais da medula óssea dos adultos desenvolvem-se em tecido cartilaginoso que, depois, se remodela no tecido ósseo. O processo é semelhante ao que acontece depois de uma fratura, por exemplo.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">No entanto, os pesquisadores descobriram que poderiam impedir que a cartilagem embrionária se transformasse em tecido ósseo, inibindo a via de sinalização de uma proteína específica chamada Proteína Morfogenética Óssea (BMP). Ao bloquear temporariamente receptores BMP específicos, eles conseguiram manter o tecido de cartilagem estável no laboratório e em ratos.
“É importante ressaltar que alcançamos nossos insights imitando os processos moleculares que ocorrem durante a formação da cartilagem embrionária”, disse o responsável do estudo, Ivan Martin.
Os resultados confirmam a importância do campo da "engenharia de desenvolvimento", onde os processos naturais são replicados para controlar o desenvolvimento de células estaminais e progenitoras adultas. Os pesquisadores da Basileia trabalharam com os Institutos Novartis para Pesquisa Biomédica, que produziram e forneceram os inibidores. Os resultados foram publicados na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
De acordo com Martin, a “cartilagem cultivada” poderia ser usada para tratar lesões de cartilagem e degeneração através da fabricação de enxertos de cartilagem, combinando-os com procedimentos existentes, ou liberando-os diretamente nas articulações. No entanto, transformar essa descoberta em uso clínico ainda está bastante longe, adverte o cientista.
swissinfo.ch/fh
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