Farmacêutica americana Pfizer disse no domingo que seria sua última oferta Dan Kitwood/Pool/Getty Images/VEJA
Farmacêutica vai manter fornecimento de medicamentos para a Rússia, mas doará lucros da subsidiária russa para ajudar Ucrânia, país afetado por guerra
Por Paula Felix | Veja
A farmacêutica Pfizer anunciou nesta segunda-feira, 14, que vai doar todos os lucros de sua subsidiária russa para a Ucrânia. A empresa informou que, por questões humanitárias, medicamentos não entram nas sanções que diversos setores têm aplicado à Rússia, que invadiu e tem atacado o território ucraniano desde a madrugada de 24 de fevereiro, mas que não vai continuar “fazendo negócios normalmente” com o país.
“O fim da distribuição de medicamentos, incluindo câncer ou terapias cardiovasculares, causaria sofrimento significativo aos pacientes e potencial perda de vidas, principalmente entre crianças e idosos”, disse, em nota.
A empresa informou que não vai fazer novos ensaios clínicos na Rússia e que vai interromper o recrutamento de pacientes em testes que estão em andamento no país. Para isso, vai realizar a transferência dos ensaios com auxílio de agências reguladoras, como a norte-americana Food and Drug Administration, para outras localidades. Os voluntários inscritos em testes vão continuar recebendo as medicações.
A Pfizer disse que não tem fábricas russas, mas que vai interromper os investimentos planejados com fornecedores locais, relação que tinha como objetivo ajudar a capacidade de fabricação na Rússia.
“Essas decisões se alinham com nossos valores de paciente em primeiro lugar e garantem que cada dólar de lucro derivado da Rússia fortaleça a Ucrânia e seu povo à medida que continuam a defender corajosamente sua nação e a liberdade desse ataque não provocado e injustificado”, finaliza o comunicado.
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