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Logotipo da Pfizer em São Francisco, na Califórnia - Imagem: Forbes.

 

 

Nova York, EUA — Em um movimento estratégico que promete redefinir o cenário da biotecnologia, a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou a aquisição da Metsera, desenvolvedora de medicamentos para obesidade, por US$ 10 bilhões (cerca de R$ 53,3 bilhões). O acordo encerra uma intensa disputa com a dinamarquesa Novo Nordisk e posiciona a Pfizer como uma nova força no mercado global de tratamentos para perda de peso.

 

Uma disputa bilionária

A negociação foi marcada por semanas de ofertas e contrapropostas entre as gigantes farmacêuticas. A Metsera, que inicialmente considerava a proposta da Novo Nordisk mais atraente, acabou optando pela oferta revisada da Pfizer, citando preocupações com riscos antitruste nos Estados Unidos. A decisão foi oficializada na noite de sexta-feira, e no sábado (8), a Novo Nordisk anunciou sua retirada da disputa.

 

Estratégia de mercado

Com a aquisição, a Pfizer garante uma nova via de entrada em um dos segmentos mais promissores da indústria farmacêutica. Embora os medicamentos da Metsera ainda estejam em fase experimental, o potencial de mercado é gigantesco. A empresa norte-americana busca recuperar terreno após tentativas frustradas anteriores no desenvolvimento de terapias para obesidade — um mercado atualmente dominado por Novo Nordisk e Eli Lilly.

A movimentação é vista como um revés para a Novo Nordisk, que vinha liderando o setor com medicamentos como o Wegovy e o Ozempic. A entrada da Pfizer, com recursos robustos e ambição renovada, promete acirrar ainda mais a concorrência.

 

Detalhes do acordo

Segundo comunicado oficial, a Pfizer pagará US$ 86,25 por ação da Metsera — um prêmio de 3,69% sobre o valor de fechamento das ações na sexta-feira. O valor será dividido entre US$ 65,60 em pagamento direto e até US$ 20,65 adicionais por ação, dependendo do desempenho futuro dos ativos adquiridos.

A Novo Nordisk, por sua vez, declarou que não aumentaria sua proposta. Em nota, a empresa afirmou que continuará investindo em seu portfólio de tratamentos para obesidade e buscará novas oportunidades de aquisição alinhadas à sua estratégia de crescimento.

 

Pressões regulatórias

A decisão da Metsera foi fortemente influenciada por preocupações regulatórias. A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA alertou para possíveis violações das leis antitruste caso a Novo Nordisk concluísse a aquisição. A empresa dinamarquesa, no entanto, sustentou que sua proposta estava em conformidade com as normas vigentes.

A Pfizer, por outro lado, demonstrou confiança na viabilidade do acordo e espera concluir a fusão logo após a reunião de acionistas da Metsera, marcada para o dia 13 de novembro.

 

Olho no futuro

Entre os ativos mais promissores da Metsera estão o MET-097i, um GLP-1 injetável, e o MET-233i, que simula a ação da amilina, hormônio relacionado à saciedade. Segundo estimativas do analista David Risinger, da Leerink Partners, esses medicamentos podem gerar até US$ 5 bilhões (R$ 26,65 bilhões) em vendas anuais.

Com esse movimento, a Pfizer não apenas reforça sua presença no setor de biotecnologia, mas também sinaliza ao mercado que está disposta a competir com força total em um dos segmentos mais lucrativos e estratégicos da medicina moderna.

 

Fonte: forbes

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