A Pfizer está se dedicando "com tudo" para desenvolver seu medicamento experimental contra obesidade e vem recrutando mais especialistas nessa área, disse o presidente-executivo Albert Bourla na JPMorgan Healthcare Conference na segunda-feira.
Bourla disse que os especialistas estavam ajudando a Pfizer a "tomar decisões melhores e mais sólidas", e que a empresa poderia iniciar um estudo em estágio avançado de seu medicamento, o danuglipron, no segundo semestre deste ano.
Pfizer está testando doses múltiplas da versão uma vez ao dia (link) de sua pílula para perda de peso, após abandonar o desenvolvimento de uma versão do medicamento para tomar duas vezes ao dia no final de 2023.
"Neste momento, estou muito cauteloso com o danu", disse Bourla na conferência do setor em andamento em San Francisco, acrescentando que, após muitos experimentos, a Pfizer espera ter dados de estudos de teste de dose "em alguns meses".
Por meio do medicamento, a Pfizer pretende oferecer aos pacientes uma alternativa mais conveniente aos medicamentos injetáveis — o Zepbound da Eli Lilly e o da Novo Nordisk — que atualmente dominam o mercado de tratamentos para perda de peso.
Lilly e Novo também estão desenvolvendo seus próprios tratamentos orais. Alguns analistas esperam que o mercado para esses medicamentos valha mais de US$ 150 bilhões (link) em vendas anuais até o início da década de 2030.
"Esperamos ter um perfil competitivo", disse Bourla, acrescentando que o comprimido da Pfizer pode ser o segundo a ser lançado no mercado, depois do da Eli Lilly, se a empresa conseguir cumprir seu cronograma.
Adquirir um medicamento GLP-1 injetável não seria do interesse da Pfizer porque "provavelmente é um pouco tarde demais", disse Bourla, referindo-se à classe de tratamentos de Wegovy e Zepbound que têm como alvo os receptores de um hormônio redutor do apetite e do açúcar no sangue chamado GLP-1.
Mas a empresa estava "analisando tudo" além dessa classe — incluindo medicamentos injetáveis e orais com um mecanismo diferente — para aquisições, disse Bourla, porque a Pfizer tem "capacidade de desenvolvê-los e vendê-los".
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