A gigante farmacêutica Pfizer está em busca de reconquistar a confiança do mercado após um ano desafiador. Com a pandemia de Covid-19 recuando, a empresa enfrentou uma queda significativa em alguns de seus negócios relacionados ao vírus, o que resultou em uma desvalorização de suas ações em mais de 40% em 2023.
Em resposta, a Pfizer lançou um ambicioso programa de corte de custos, visando economizar US$ 4 bilhões. Este plano incluiu demissões que afetaram centenas de funcionários e uma redução nos gastos com pesquisa e desenvolvimento. Essas medidas drásticas são um reflexo da necessidade da empresa de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado.
A aposta da Pfizer no futuro parece estar direcionada à oncologia. A empresa intensificou sua comunicação na área, incluindo um evento de quatro horas dedicado aos investidores e um anúncio de destaque durante o Super Bowl. A mensagem é clara: a Pfizer está comprometida em "superar o câncer".
No entanto, o caminho não tem sido fácil. A empresa sofreu reveses com o lançamento insatisfatório de uma nova vacina contra o VSR, uma pílula para perda de peso que falhou nos testes clínicos e previsões para 2024 que não cumpriram as expectativas do mercado.
Um ponto positivo para a Pfizer foi a aquisição da Seagen, uma fabricante de medicamentos direcionados ao câncer. Essa compra, avaliada em US$ 43 bilhões, dobrou o número de programas experimentais oncológicos da Pfizer para 60. Com isso, a empresa espera que seu pipeline de medicamentos possa gerar pelo menos oito sucessos até 2030.
A estratégia da Pfizer é clara: cortar custos onde for possível e investir pesadamente em áreas com potencial de crescimento, como a oncologia. Resta saber se essas mudanças serão suficientes para recuperar a confiança dos investidores e posicionar a empresa para o sucesso no futuro.
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