De acordo com os pesquisadores, o perfume seria uma mistura forte, mas agradável, de aromas picantes e doces.
Imagem: George Steinmetz/National Geographic Creative
by UOL
O pesquisador de pensamento antigo e medieval da Academia Tcheca de Ciências, Sean Coughlin, tenta desvendar o perfume que pode ter sido usado por Cleópatra, com base em receitas e desenhos deixados nas paredes de templos no Egito.
O que foi descoberto?
Segundo pesquisador, o perfume era feito à base de mirra, uma resina extraída de uma árvore típica do sudeste da África e da Península Arábica.
Cheiro do passado é desbravado por cientistas
Barbara Huber, doutoranda em arqueologia no Instituto Max Planck de Geoantropologia, em Jena, Alemanha, estudou incensários encontrados no sítio arqueológico de Tayma, o assentamento mais antigo da Arábia Saudita.
Ela detectou resinas perfumadas que continham incenso, mirra e pistache em construções privadas, sepulturas e templos, respectivamente.
"As resinas eram muito parecidas, mas quando você as queima, elas têm um cheiro totalmente diferente. O incenso, por exemplo, tinha um odor forte, muito balsâmico. Talvez ele fosse usado para limpar as casas, para evitar cheiros ruins ou algo assim", explicou Huber.
Como estudo é feito?
- Os cientistas podem estudar os cheiros a partir de resíduos biomoleculares deixados em incensários, frascos de perfume, panelas e frascos de armazenamento de alimentos.
- Eles utilizam técnicas como cromatografia, um processo de separação de misturas que pode detectar diferentes compostos a partir do cálculo do peso das diferentes moléculas.
- Também são estudados compostos secundários orgânicos, que incluem resinas, madeiras perfumadas, ervas, frutas e especiarias.
- Após a coleta dessas pistas olfativas, o trabalho passa para um perfumista, que tenta recriar os aromas.
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