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Peixes com pigmento fluorescente durante análise dos cientistasImagem: James Thierer / Ed Hirschmugl

Do UOL VivaBem, em São Paulo

Uma nova técnica que mostra a obstrução de artérias em peixes-zebra possibilitou a médicos da Carnegie Institution, integrante da John Hopkins University, e da Mayo Clinic, observar como o colesterol ruim de acumula nas artérias.

Publicado no periódico Nature Communications, o estudo mostra como funciona o LipoGlow, um sistema que utiliza engenharia genética para iluminar as moléculas de gordura que se acumulam nas artérias e que oferecem risco potencial para um ataque cardíaco.

O sistema daria um vislumbre sobre como as doenças cardíacas se desenvolvem, possibilitando o estudo de novos remédios e novas formas de tratar o problema.

Como o estudo foi feito

  • O colesterol ruim é formado por uma cadeia complexa de lipoproteínas. Uma delas é conhecida como Apolipoproteína-B, ou simplesmente ApoB;
  • Essas moléculas viajam pela corrente sanguínea e podem se acumular nos vasos sanguíneos, criando depósitos –chamados placas — que endurecem as artérias e tornam difícil para o coração bombear o sangue;
  • A ApoB tem uma cadeia muito complexa, o que dificultava a análise utilizando as técnicas comuns de análise celular e molecular;
  • Os cientistas então utilizaram engenharia genética para ligar um pigmento fluorescente, semelhante ao que está presente nos vagalumes, à molécula Apo-B, possibilitando acompanhar seu caminho pelos vasos sanguíneos;
  • Eles testaram a teoria em peixes-zebra, que, após alguns testes, mostraram semelhanças importantes com o sistema vascular humano.

Por que isso é importante?

As moléculas de gordura, especialmente as que compõem o colesterol ruim, estão diretamente ligadas às doenças cardiovasculares e aos ataques cardíacos. Aprender mais sobre elas e como elas formam as placas nas artérias, portanto, é essencial para desenvolver novas formas de combater esse problema.

O LipoGlow ainda permitiu aos médicos detectar um gene misterioso chamado de pla2g12b, que tem influência no tamanho e no número de lipoproteínas presentes no complexo ApoB. Ainda não está claro como esse gene funciona, mas os cientistas acreditam que mais estudos podem orientar sobre como controlar a quantidade de lipoproteínas na corrente sanguínea.

Fonte: UOL

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