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CheckMate-227 avaliou e demonstrou benefícios estatísticos significativos  de sobrevida livre de progressão entre pacientes em tratamento para câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC), com alta carga de mutação tumoral, independente da expressão de PD-L1

 

A biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb acaba de anunciar que o estudo fase III CheckMate-227, ainda em continuidade, atingiu o endpoint primário da sobrevida livre de progressão com a combinação de Opdivo (nivolumabe) e  Yervoy (ipilimumabe) versus quimioterapia na primeira linha de tratamento de  pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado, cuja doença tem alta carga de mutação tumoral (≥ 10 mutações / megabase, mut / mb), independente da expressão de PD-L1.  

"Acreditamos que os dados do CheckMate-227 são um avanço na pesquisa do câncer e na determinação de quais pacientes com câncer de pulmão podem se beneficiar da combinação de Opdivo e Yervoy em primeira linha. Esses resultados reforçam a nossa profunda compreensão da biologia do câncer, elevando a capacidade da medicina translacional e o compromisso com o desenvolvimento de novas abordagens para pacientes com câncer ", diz Giovanni Caforio, CEO da BMS.

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Segundo o levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o biênio 2018-2019, a estimativa é de 420 mil novos casos de câncer (excluindo cancer de pele não melanoma) a cada ano somente no Brasil, sendo o cancer de pulmão um dos mais incidentes. Entre os dez principais tipos de câncer listados pela instituição, a previsão é de 31.270 casos novos de câncer de pulmão, sendo o segundo mais incidente nos homens (18.740 novos casos) e o quarto entre as mulheres (12.530 novos casos).

No Brasil, aproximadamente 120 pacientes foram inscritos para participar do CheckMate-227, total que representa três vezes a média de pacientes submetidos por outros países. Atualmente, cerca de 67 brasileiros ainda estão em tratamento com a combinação.

Para Marcelo Cruz, médico oncologista clínico da Northwestern University em Chicago, nos Estados Unidos, a imuno-oncologia está redirecionando o tratamento do paciente com câncer, revolucionando a forma como o paciente é tratado e com resultados positivos de qualidade de vida. “A combinação entre imuno-oncológicos é uma realidade com ganhos de taxas de sobrevida global para pacientes de melanoma, por exemplo, e ampliará o leque de tratamento para o paciente de câncer de pulmão, direcionando o paciente ao tratamento adequado e consequente mudança no curso da doença”. 

No estudo, a carga de mutação tumoral foi avaliada através do  Foundation One CDx,  Foundation Medicine (Nasdaq: FMI) . Além disso, o estudo recebeu recomendação de continuidade do Data Monitoring Committee, com base em uma análise interina da sobrevida global. O perfil de segurança foi consistente com os dados apresentados previamente  com a combinação Opdivo e Yervoy na primeira linha de tratamento em câncer de pulmão não pequenas células, seguindo a dosagem de Opdivo 3 mg/kg a cada duas semanas e doses baixas de Yervoy (1 mg/kg, a cada seis semanas). 

“O TMB surgiu como um biomarcador importante para a imunoterapia. Pela primeira vez, um estudo de fase III demonstra sobrevida livre de progressão superior com imunoterapia em combinação para primeira linha, em uma população predefinida de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células com alta carga de mutação tumoral", explica Matthew D. Hellmann, M.D., pesquisador e médico oncologista no Memorial Sloan Kettering Cancer Center. "O CheckMate-227 mostrou que a carga de mutação tumoral é um biomarcador preditivo importante e independente, que pode identificar uma população de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células em primeira linha e que podem se beneficiar da combinação de nivolumabe com ipilimumabe", complementa.

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Sobre CheckMate -227

CheckMate -227 é um estudo aberto de fase III com mais de 2.500 pacientes, randomizados entre tipo não escamoso e escamoso, que avalia regimes de tratamento em primeira linha com Opdivo monoterapia, em combinação com terapia Anti-CTLA4 e com quimioterapia versus quimioterapia com DOUBLET de platina em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC ). Este programa é composto por três partes - Partes 1a e 1b e Parte 2.

A Parte 1a está avaliando Opdivo combinado com Yervoy e Opdivo monoterapia versus quimioterapia com DOUBLET de platina em pacientes cujos tumores expressam PD-L1. A Parte 1b avalia Opdivo em combinação com quimioterapia, Opdivo em combinação com Yervoy versus quimioterapia DOUBLET de platina em pacientes cujos tumores não expressam PD-L1.

 

O resultado anunciado é baseado em uma análise considerando pacientes dos dois braços da parte 1 (parte 1a + parte 1b) do estudo: braço Opdivo em combinação com Yervoy e braço quimioterapia. A Parte 1 tem dois endpoints primários para a combinação Opdivo com Yervoy: sobrevida global em pacientes cujos tumores expressam PD-L1 (avaliado em pacientes incluídos na Parte 1a) e sobrevida livre de progressão em pacientes com alta carga de mutação tumoral, independente da expressão de PD-L1 (avaliada em pacientes incluídos nas Partes 1a e 1b).

Aproximadamente 45% dos pacientes com avaliação de alta carga tumoral apresentaram tumores com carga tumoral alta (≥ 10 mut / mb) no estudo.

A Parte 2 está avaliando Opdivo em combinação com quimioterapia versus quimioterapia em uma ampla população, cujo endpoint primário é a sobrevida global.

As doses de Opdivo e Yervoy são empregadas da seguinte forma no estudo: Opdivo 3 mg/kg, a cada duas semanas, com doses baixas de Yervoy (1 mg/kg) a cada seis semanas.


Sobre a carga de mutação tumoral

Ao longo do tempo, as células cancerígenas acumulam mutações que não são observadas nas células normais do corpo. A carga de mutação tumoral (TMB - Tumor Mutation Burden, na sigla em inglês) é um biomarcador quantitativo que reflete o número total de mutações por célula tumoral. As células tumorais com alta carga de mutações têm níveis maiores de neoantigênios, que acredita-se que ajudem o sistema imunológico a reconhecer tumores além de incitarem o aumento das células T, que combatem o câncer e são uma resposta antitumoral própria do organismo. O fator de mutação tumoral é um tipo de biomarcador que pode ajudar a prever a probabilidade de um paciente responder a imunoterapias.

Fonte Assessoria de imprensa

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