A Teva Pharmaceutical apresentou à Comissão de Valores Mobiliários norte-americana, no dia 30 de janeiro, um plano de oferta de dívida no valor de US$ 5 bilhões. A divulgação do documento ocorre cerca de seis semanas depois do anúncio de uma reestruturação que exigirá a eliminação de 14 mil empregos em todo o mundo – mais de 25% de sua força de trabalho total – nos próximos dois anos.
A farmacêutica israelense, maior fabricante mundial de medicamentos genéricos, informou que espera vender os títulos de dívidas por meio de um ou mais subscritores, negociantes ou agentes, ou diretamente aos compradores. A Teva acumula US$ 35 bilhões em dívidas desde que adquiriu a divisão de genéricos da Allergan em 2016. O plano, agora, é economizar US$ 3 bilhões até o fim de 2019.
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Outro problema foi a perda da patente do Copaxone, remédio para tratamento de esclerose múltipla, que correspondia a cerca de 50% dos lucros. A patente expirou em 2015 nos Estados Unidos e o laboratório nunca conseguiu um substituto à altura. Há duas semanas, a redação do Panorama Farmacêutico contata a Teva Brasil para saber como a reestruturação irá afetar as operações no país, mas não teve nenhum retorno da empresa até o fechamento desta edição.
Fonte: Panorama Farmacêutico
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