O Globo
O Ministério da Saúde anunciou o início da distribuição, ontem, de um novo lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech. A remessa faz parte de um acordo que prevê a entrega de 100 milhões de doses do imunizante. Em paralelo, o Instituto Butantan liberou, também ontem, mais 2 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
O lote será repassado ao Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), para ser redistribuído a todos os estados. São Paulo deve ficar com 450 mil dessas doses.
Segundo o Ministério da Saúde, as doses da vacina da Pfizer são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, e pessoas com deficiência permanente.
Devido à logística de distribuição e às condições de armazenamento, o ministério continua orientando que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais.
RELAÇÕES COM A CHINA
Para a reposição da CoronaVac, além dos 2 milhões de doses liberados ontem , o governo paulista trabalha com a possibilidade de que um novo lote de insumo farmacêutico ativo (IFA) chegue até o dia 18. Mas, se isso não se confirmar, segundo o diretor do instituto, Dimas Covas, a demora na liberação da matéria-prima pode afetar o cronograma de vacinação a partir de junho.
— Não teremos mais vacina porque não recebemos o IFA para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa é enfrentada pela Fiocruz (responsável pela vacina de Oxford), que também não teve seu IFA liberado. Preocupa para o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, que poderá sofrer algum impacto.
Segundo Dimas Covas, há a expectativa de liberação de 4 mil litros até o dia 18. Essa quantia é suficiente para a produção de cerca de 7 milhões de doses.
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