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Amazon de olho no mercado de medicamentos e quer revolucionar a forma como as pessoas compram e recebem seus remédios
Veja como a empresa está investindo nessa área e quais são os desafios e oportunidades que ela enfrenta.
O Brasil é um dos maiores mercados farmacêuticos do mundo, com mais de 80 mil farmácias espalhadas pelo país. Esses estabelecimentos movimentam bilhões de reais por ano e atendem a uma demanda crescente por medicamentos de todos os tipos.
Mas será que esse modelo tradicional de venda de remédios é o único possível? Será que não há espaço para inovação e disrupção nesse setor?
A Amazon acredita que sim. A gigante do e-commerce, que já domina diversos segmentos do varejo online, está apostando na área da saúde como uma de suas principais frentes de expansão.
Desde 2018, nos Estados Unidos, a empresa vem adquirindo empresas especializadas em delivery de medicamentos, como a PillPack, a Somatus e a CareZone. Essas aquisições permitiram à Amazon criar o seu próprio serviço de entrega de remédios, chamado Amazon Pharmacy.
O Amazon Pharmacy funciona como uma farmácia online, onde os clientes podem comprar seus medicamentos com receita médica, escolher entre diferentes opções de marcas e genéricos, e receber seus pedidos em casa, com frete grátis para os assinantes do Prime.
Além disso, a Amazon oferece o RX Pass, um programa que permite aos clientes comprar até 80 medicamentos por apenas US$ 5. Isso mesmo, você pode comprar vários remédios por um preço único e baixo, sem se preocupar com as variações de custo entre as farmácias.
Mas qual é a lógica por trás dessa estratégia?
A Amazon não está perdendo dinheiro ao vender remédios tão baratos?
Na verdade, a Amazon não está interessada em lucrar com os medicamentos em si, mas sim em fidelizar os seus clientes e aumentar o seu ecossistema de serviços. Quanto mais conveniente for a experiência de compra na Amazon, mais difícil será para os consumidores migrarem para outras plataformas.
A Amazon quer ser a solução para todos os problemas dos seus clientes, desde livros e eletrônicos até alimentos e remédios. Assim, ela cria uma barreira de entrada para os seus concorrentes e se consolida como a líder do mercado online.
Mas será que essa estratégia vai funcionar no Brasil?
Será que os brasileiros estão dispostos a comprar seus remédios pela internet e confiar na entrega da Amazon?
Essas são perguntas que ainda não têm resposta definitiva, mas que devem ser levadas em conta pelos players do setor farmacêutico nacional. Afinal, a Amazon já demonstrou sua capacidade de inovar e se adaptar aos diferentes mercados em que atua.
Se o Mercado Livre, por exemplo, decidisse seguir os passos da Amazon e oferecer um serviço similar de entrega de medicamentos, como as farmácias tradicionais reagiriam?
Elas conseguiriam competir com a conveniência, o preço e a rapidez dessas plataformas?
Esses são desafios que devem ser enfrentados pelos empresários e gestores do ramo farmacêutico nos próximos anos. O mercado está mudando rapidamente e quem não se atualizar pode ficar para trás.
A Amazon está investindo em medicamentos porque sabe que esse é um segmento com grande potencial de crescimento e transformação.
E você, está preparado para acompanhar essa mudança?
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