O Estado de S.Paulo
Jornalista: Priscila Mengue
17/04/20 - A Prefeitura de São Paulo publicou ontem um decreto que recomenda o uso de máscaras de proteção facial por toda a população da cidade durante a pandemia do novo coronavírus. A medida segue orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde ao indicar o uso preferencial dos itens caseiros, feitos com tecido, para não desabastecer o sistema de saúde.
Segundo o decreto, o uso da máscara é visto como um “meio complementar de prevenção” e deve ser adotado “sem prejuízo de todas as recomendações profiláticas e de isolamento social”.
“Fica recomendada a toda a população, sempre que possível, e quando for necessário sair de casa, a utilização de máscaras de proteção facial, confeccionadas conforme orientações do Ministério da Saúde.” Conforme o Estado mostrou nesta semana, a medida já foi tomada por diversos municípios e Estados, dos quais mais de 40 (como Belo Horizonte) determinaram o uso obrigatório pela população. As determinações dos demais governos locais também indicam o uso de máscaras caseiras.
A máscara de tecido é indicada para evitar a propagação da covid-19 por pessoas assintomáticas.
Estudo de pesquisadores chineses publicado nesta semana na revista científica Nature Medicine mostrou que aproximadamente metade das transmissões da covid-19 ocorre antes de os sintomas da doença surgirem. Ou seja, quando a pessoa infectada ainda não sabe que está doente.
Exterior
A recomendação do uso de máscaras ganhou espaço após especialistas e autoridades terem chamado a atenção para o uso intenso desse item de proteção pela população na China, na Coreia do Sul e em Cingapura, que tiveram transmissão menos intensa do novo coronavírus em comparação com países como Estados Unidos, Itália e Espanha, que concentram hoje grande parte dos casos e em que a população não tem o hábito de utilizar o item.
Especialistas, porém, indicam que o uso de máscaras não dispensa a recomendação de isolamento social, considerada a medida mais eficaz para evitar o contágio pelo novo coronavírus e, dessa forma, evitar a sobrecarga do sistema de saúde.
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