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(Foto: Bigstock)

Os stents bioabsorvíveis, cujo objetivo era desobstruir as artérias da gordura, não trouxeram os mesmos resultados a todos os pacientes

Uma das principais promessa da cardiologia, os stents bioabsorvíveis não trouxeram os resultados que os médicos imaginavam e a eficácia da técnica tem sido, cada vez mais, questionada. Os dispositivos, ao contrários dos stents metálicos tradicionais, oferecem os mesmos benefícios – desobstruir as artérias das camadas de gordura, prevenindo enfartes e outras doenças cardiovasculares – com o extra de ser expelido pelo organismo em pouco mais de um ano. Isso favoreceria futuras cirurgias, além de eliminar o corpo estranho, e tem sido testado em Curitiba desde 2014.

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Por ser formado por um tecido plástico de ácido poliláctico, envolto em medicamentos, a absorção não oferece qualquer tipo de dano à saúde. O problema acontece, conforme explica Costantino Costantini, médico cardiologista e diretor geral do hospital Cardiológico Costantini, na preparação do procedimento – ou antes que o stent absorvível é colocado no paciente.


“O stent bioabsorvível precisa ser muito bem colocado, caso contrário pode ocorrer alguma intercorrência. Em muitos lugares não se usa a tecnologia de Tomografia de Coerência Óptica (OCT), uma fibra de 1mm que navega pela coronária e nos informa como está a artéria antes de fazer o procedimento, como teremos de prepará-la e como, depois de colocado, o stent se deposita sobre a parede da artéria. A falta deste exame prejudica o procedimento”, explica o médico durante o 17º Simpósio Internacional de Cardiologia Intervencionista, promovido pelo hospital cardiológico.


Diante da impossibilidade de que o mesmo exame seja aplicado a todos os pacientes, em diferentes países do mundo, os resultados envolvendo o stent bioabsorvível variaram em cada localidade. Da mesma forma, Costantini explica que o exame de OCT toma tempo importante do médico, cerca de duas a três horas, ao contrário do stent tradicional, que demanda entre 40 a 50 minutos.


“A nossa experiência, de quase 300 stents tradicionais, foi muito boa. Tivemos, no total, apenas um caso de enfarte no paciente com stent. O que não se repetiu na Europa, nos Estados Unidos porque não usam a tecnologia de imagem”, diz.

por Gazeta do Povo

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