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"Pulmão gigante" foi instalado no Parque Marinha do Brasil para alertar sobre o risco das doenças respiratórias — Foto: Junior Rosa/arquivo pessoal

G1

13/10/19 - Um "pulmão gigante" foi instalado no Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre, neste fim de semana, para alertar sobre o risco das doenças respiratórias. O evento, que ocorre até o fim da tarde deste domingo (13), faz parte da Campanha RespirAção.

Além do "órgão" de 4 metros, ocorrem também várias atividades gratuitas no local, como alongamento, yoga e pilates. As pessoas podem participar ainda de um circuito de bicicletas estacionárias, conectadas a um gerador. Na medida que os participantes pedalam, eles colaboram, simbolicamente, para encher o pulmão inflável, como se estivessem "doando ar".

O objetivo da iniciativa é reforçar que a falta de ar não é normal, e aumentar a conscientização sobre as doenças respiratórias e a busca pelo diagnóstico precoce.

A falta de ar constitui um dos principais sintomas associados a doenças respiratórias crônicas, como a Doença Pulmonar Respiratória Crônica (DPOC), que possui alta prevalência na população brasileira, e a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), uma doença considerada rara, que atinge, principalmente, pacientes idosos.


Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fumantes habituais têm 90% de chance de sofrer da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Dpoc). Ela é caracterizada por uma redução persistente do fluxo de ar. Piora com o tempo e pode se agravar a ponto de levar à morte.

Ela se desenvolve de quadros persistentes de bronquite ou enfisema pulmonar. Na bronquite, há produção de muco e inflamação nas vias aéreas. No enfisema há destruição dos alvéolos, estruturas responsáveis pelo fluxo de ar nos pulmões.

Sua principal causa é a exposição à fumaça do cigarro, seja o fumante ativo ou passivo. A exposição a outros tipos de fumaça também pode causar a doença - quem trabalha com fornos de lenha em pizzarias ou carvoarias também corre risco.

E, geralmente, se manifesta de forma silenciosa: 80% das pessoas afetadas nem sequer sabem disso, segundo a Fundepoc, uma instituição argentina especializada na doença.

Também não há cura para a Dpoc e cerca de 3 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do mal, segundo a OMS, que afeta 384 milhões de pessoas em todo o mundo.

 

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