Em território nacional, já são cerca de 30 robôs-cirurgiões que realizam cirurgias nas áreas de urologia, gastrointestinal, ginecológica, torácica, cardíaca e neurológica. Embora seja utilizado com certa frequência por médicos, os robôs cirúrgicos possuem uma série de diferenças em relação a cirurgia tradicional, àquela realizada por especialistas de diferentes especialidades.
O diretor técnico do Hospital Santa Catarina (SP), Dr. Fernando de Andrade Leal, que acompanhou todo o processo de implementação do robô cirúrgico Vinci Xi, considerado o mais moderno na área de cirurgia robótica, elenca as principais diferenças entre os tipos de procedimentos.
- Como exatamente é feita a cirurgia?
O médico faz todo o procedimento em uma espécie de cabine, que conta com controles manuais, painéis auxiliares e pedais. O robô, no caso do Vinci Xi, possui quatro 'braços', sendo que um fica com a câmera e os outros três realizam o trabalho efetivamente. A imagem captada aparece em 3D para o cirurgião, que pode ampliá-la em até 15 vezes. O profissional realiza os procedimentos sentado confortavelmente, o que, consequentemente, diminui o desgaste físico. Em todos os procedimentos, há, ainda, uma equipe ao lado do paciente para aplicar a anestesia e realizar outras funções. A cabine e o cirurgião ficam um pouco afastados do paciente, o que diminui consideravelmente os riscos de infecção.
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- Quais as diferenças básicas para a cirurgia comum?
A depender do tipo de procedimento, a recuperação do paciente operado pelo aparelho pode ser duas vezes menor. Isso se deve a maior precisão e delicadeza aplicada pelo robô, que causa uma agressividade menor ao organismo. O risco de infecção também é inferior, assim como a possibilidade de dores e sangramentos. Menos invasiva, possibilita incisões menores, além de maior precisão em áreas de difícil acesso. A visão (que pode ser tridimensional) e as condições ergonômicas são melhores para o profissional que no método tradicional. Outra vantagem importante é que um programa com inteligência artificial repara tremores nas mãos do cirurgião.
- Podemos afirmar que é mais seguro esse tipo de procedimento?
É importante deixar claro que o equipamento não faz nada sozinho. Todos os movimentos feitos pelo equipamento são do médico. Se alguma ação imprevista acontecer, como um movimento brusco acidental, o sistema é travado automaticamente. Se o cirurgião tirar o rosto da tela de controle, o robô também interrompe imediatamente o procedimento. Por ser composto de uma série de sistemas complexos, o robô também passa por um protocolo de verificação de todos os itens a cada uma hora de cirurgia.
O mais moderno robô-cirurgião
Considerado o mais moderno na área de cirurgia robótica, o Vinci Xi, da fabricante Strattner, instalado no Hospital Santa Catarina auxilia a equipe médica em procedimentos nas áreas ginecológicas, urológicas, oncológicas e gastroenterológicas. O aparelho possibilita aos cirurgiões acessar locais considerados difíceis em cirurgias complexas, realizar incisões mais precisas e contar com visão 3D ampliada, o que permite aos especialistas terem melhor percepção de profundidade e imagem cristalina.
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Hospital Santa Catarina
O Hospital Santa Catarina, que completou 112 anos de fundação em 2018, prima pela excelência no atendimento seguro e humanizado. Referência de qualidade em serviços de saúde no Brasil, atende desde pequenos procedimentos até cirurgias de alta complexidade. A instituição filantrópica é parte da Associação Congregação de Santa Catarina, a qual compõe uma rede social que atua nos eixos da saúde, educação e assistência social. Congrega cerca de 13 mil colaboradores, distribuídos em diversas obras sociais e programas de apoio em sete estados brasileiros.
Com infraestrutura moderna, equipamentos de última geração e profissionais altamente qualificados, o Hospital Santa Catarina dispõe de 324 leitos, sendo 85 de UTI, 16 salas de cirurgia, cinco Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs neurológica, cardiológica, pediátrica, geral e multidisciplinar) e pronto atendimento 24 horas.
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