Raia Drogasil adia expansão e busca crédito

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Valor Econômico 
Jornalista: Adriana Mattos


26/03/20 - A Raia Drogasil, maior rede de farmácias do país, sentiu forte aumento nas vendas em lojas e site. Mas apesar de estar numa situação mais positiva - considerando o quadro atual do comércio -, decidiu adiar a abertura de novas unidades e buscar novas linhas de recursos em bancos para ampliar caixa, como forma de se prevenir de uma piora no cenário.
“A empresa é sólida, tem baixa alavancagem e não projetamos nenhum consumo enorme de caixa. Vamos usar esse capital só se precisarmos, a depender do cenário futuro”, diz Eugênio De Zagottis, diretor de planejamento. A relação entre dívida e lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação era de 0,7 vez em dezembro.

No caso das aberturas [de lojas], diz ele, “não é o momento de continuar com isso”.
As inaugurações previstas agora serão adiadas, porque há outras questões que ganharam prioridade. Mas ainda ocorrem neste ano. Então, não vamos reduzir investimentos, mas claro que tudo depende do cenário”.

A empresa estima 240 aberturas de lojas em 2020. Em dezembro, eram R$ 300 milhões em caixa, versus R$ 242 milhões um ano antes.

Com vendas aceleradas em lojas e sites nas últimas semanas - o número não é revelado -, o grupo teve que aumentar o prazo de entrega de itens a partir dos 11 centros de distribuição, de um para sete dias, em média. No on-line passou de uma a quatro horas para seis horas.
A rede começou a limitar o acesso a certas lojas em períodos do dia para evitar aglomeração. “Um funcionário fica na porta na hora de fluxo muito alto. É uma limitação que varia de acordo com a área de cada loja”, afirma. Para aumentar volume de empregados em lojas, contratou duas mil pessoas.

Apesar desses eventuais picos de demanda, a empresa diz que já sente, nos últimos dias, uma normalização do tráfego. “A venda começa a estabilizar. Se é pela quarentena, não sabemos, seria uma ‘adivinhação’. Mas algumas lojas no período noturno já têm queda de tráfego frente ao pico”, diz ele.

A companhia aumentou os estoques antes do início da crise causada pelo novo coronavírus, pela sinalização de que o país seria atingido. “Não há movimento hoje de aumento de preços. Se houver, a nossa postura é negociar e não aceitar”, diz ele.

No caso do álcool em gel e máscaras de proteção, os pedidos são entregues de forma “picada” às lojas e não há previsão de normalização. O grupo fechou acordo com a Cosan, que tem doado álcool líquido para a empresa fabricar álcool em gel para seus empregados.

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