Recuperação da indústria está mais lenta que o esperado, diz Fiesp
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista cresceu 0,4% em março ante fevereiro, em cálculo com ajuste sazonal divulgado na última terça-feira (30), pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Já na série sem ajuste, o indicador teve expansão de 1,3% em relação a fevereiro. Entre os componentes do índice, a variável de horas trabalhadas pela produção cresceu 1,1% e foi a principal influência de alta, destaca a Fiesp.
Entre as influências negativas o destaque fica para total de vendas reais e salários médios, que caíram 2,1% e 0,1%, respectivamente. “Os números mostram que a retomada da atividade industrial está mais lenta que o esperado. Além da urgência da aprovação das reformas, são necessárias medidas de curto prazo que estimulem o crescimento econômico”, explica em nota José Ricardo Roriz, segundo vice-presidente da Fiesp.
A pesquisa Sensor de abril, que tenta antecipar o resultado do mês, marcou 50,3 pontos, com alta de 0,1% ante o mês anterior, expurgados os efeitos sazonais. A variável vendas cresceu 2,9 pontos, para 54,8 pontos, enquanto a variável estoques subiu de 46,9 pontos para 47,3 pontos, indicando estoques acima do desejado.
Ford
A Ford anunciou na terça que fechou um acordo com os trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que será desativada pela montadora ao longo de 2019 e está à venda. O tratado prevê um plano de “demissão incentivada”, cujos detalhes não foram divulgados. A empresa afirmou que a compensação financeira aos trabalhadores que aderirem à demissão incentivada será definida pela condição do empregado (mensalista ou horista), tempo de trabalho e eventual contratação do funcionário por comprador da fábrica. A unidade emprega cerca de 3 mil pessoas.
O acordo também prevê requalificação profissional com cursos realizados em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos, além de apoio psicológico, diz a nota. A fábrica de São Bernardo é a única da Ford que produz caminhões. O fechamento da planta é fruto de decisão global da montadora.
Fonte: DCI
Comentários