Remédio brasileiro para o mundo

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A Eurofarma, primeira multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro, se torna a segunda mais prescrita do País e busca repetir o mesmo sucesso no exterior – onde já conta com 20 operações próprias

A indústria farmacêutica brasileira tem ostentado, nos últimos anos, um crescimento pujante. Em 2018, o setor cresceu 11%, chegando a um faturamento R$ 90 bilhões, segundo relatório da Interfarma. E deve crescer ainda mais: há as estimativas de que o mercado movimente algo próximo de R$ 175 bilhões em 2023 – número que colocaria o Brasil na quinta posição do ranking mundial dos maiores mercados farmacêuticos, hoje liderado pelos Estados Unidos. Se as previsões se confirmarem, o Brasil passará à frente de Itália, França e Reino Unido.

As boas perspectivas animam ainda mais os executivos da Eurofarma, primeira multinacional farmacêutica de capital 100% brasileiro, com operação própria em 20 países. As vendas de R$ 4,3 bilhões em 2018 apenas no Brasil refletem um crescimento bem acima do setor: 18%. A companhia, hoje a segunda mais prescrita do País, é a vencedora do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2019 no setor Farmacêutico, Higiene e Limpeza.

A história da Eurofarma teve início em 1972, ainda com o nome Billi Farmacêutica – sobrenome da família dos fundadores. Foi o primeiro laboratório brasileiro a produzir o antibiótico penincilina, ainda em 1982. De lá pra cá, o negócio cresceu e a inovação se tornou o pilar da operação. Tanto que a Eurofarma investiu, em 2018, R$ 252 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento. O montante representa 6,8% da receita líquida da companhia, mas a meta é que o percentual alcance 12% das vendas líquidas em um futuro próximo.

Neste ano, a companhia inaugurou o Laboratório de Síntese Orgânica e o Centro de Inovação instalado no Complexo Industrial de Itapevi, na Grande São Paulo, um empreendimento estimado em R$ 155 milhões. O novo espaço abriga projetos relacionados à inovação radical, biotecnologia, biossimilares e novas plataformas tecnológicas. “Estabelecemos que, até 2022, 40% das nossas vendas virão de produtos lançados a partir de 2017 e 10% da receita de medicamentos com algum grau de proteção, o que inclui produtos incrementais, radicais ou exclusivos”, diz Maurizio Billi, presidente da Eurofarma. “Com 5,5% de participação no mercado total, nossa participação em lançamentos é de 10,5%, o que nos torna líderes em vendas de produtos novos lançados nos últimos 24 meses.” Atualmente a Eurofarma conta com mais de 200 projetos em pipeline. Ela colocou no mercado brasileiro 36 novos produtos e 29 em outros países.

Além do seu próprio centro, atualmente a companhia tem colaboração com 50 centros de pesquisa. Essas parcerias possibilitaram que novos acordos de licença fossem firmados no último ano, como o contrato de exclusividade para a América Latina de Belviq, voltado para o tratamento de obesidade, e o Delabax, indicado no tratamento de infecções bacterianas agudas de pele.

Em 2002 a empresa começou a exportação de seus remédios. Mas a consolidação da sua internacionalização se deu em 2009 com a aquisição da argentina Quesada Farmacêutica. Nos últimos 10 anos, a companhia investiu cerca de R$ 727 milhões na expansão internacional e fechou 2018 cobrindo 82% do mercado latino-americano. “Nosso projeto de internacionalização completou 10 anos – e ser uma empresa regional relevante é prioridade. Este é o projeto mais estratégico, complexo e ambicioso que temos”, diz Maurizio Billi.

Das 12 fábricas na América Latina, metade está no Brasil. Há operações próprias na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Guatemala, Belize, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Panamá e República Dominicana. No México e em Moçambique, a Eurofarma opera com escritórios voltados para a submissão de dossiês às autoridades sanitárias.

Nos resultados das vendas consolidadas da Eurofarma, as unidades internacionais contribuíram com 11%. Em 2018, houve ampliação da força de vendas na América Latina. O faturamento alcançou R$ 460 milhões, crescimento de 1,3% em relação a 2017. A participação da companhia em vendas no continente foi de 2,4%. A meta é ter 30% das vendas procedentes das Operações Internacionais. “Concluímos o ano com a aquisição da linha de Prescrição Médica do Laboratório Stein, sediado na Costa Rica e com vendas em toda a América Central e Equador”, destaca Maurizio Billi. “Também inauguramos um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento na Argentina para atender às necessidades específicas das operações internacionais.”

A companhia obteve no último ano uma conquista de destaque ao receber da Agência Nacional de Vigilância Sanitária a certificação da planta fabril na Colômbia. A busca por outros mercados tem levado a Eurofarma a se preparar para conquistar certificação por órgãos como o Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e o European Medicines Agency (EMA).

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Fonte: IstoÉ Dinheiro

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