imagem: Darren Lehane/Alamy
O remédio metformina, comumente prescrito e usado para tratar pessoas com diabetes, pode interromper a progressão incapacitante da esclerose múltipla e até reparar nervos danificados, segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge. O professor Robin Franklin, que liderou o estudo no Instituto de Células Tronco de Wellcome-MRC Cambridge, disse que o efeito dramático e claro da metformina em ratos de laboratório com sintomas de esclerose múltipla levaria, no ano de 2020, a um ensaio clínico com pacientes humanos. Os resultados foram publicados na revista Cell Stem Cell.
A MS Society, instituição que co-financiou o projeto, divulgará os resultados nesta terça-feira, como evidência de que a esclerose múltipla pode ser interrompida com o tratamento estudado. Vai lançar um apelo para arrecadar 100 milhões de libras para acelerar novas pesquisas.
Na Grã-Bretanha, mais de 100 mil pessoas vivem com esclerose múltipla, doença auto-imune que danifica os nervos e interfere nas atividades diárias, como caminhar, conversar, comer e até pensar. Existem tratamentos para os estágios iniciais da esclerose múltipla, que modulam o sistema imunológico, mas nada ajuda as pessoas na fase mais avançada da doença.
Embora os cientistas médicos alertem que resultados espetaculares em estudos com animais nem sempre levam ao mesmo sucesso em pacientes humanos, o professor Franklin estava otimista de que o remédio (metformina) também levaria ao crescimento da mielina – a bainha gordurosa ao redor dos nervos que é danificada pela esclerose múltipla – nas pessoas com a doença.
Fonte: Valor Online
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