Remédio promete inibir esclerose múltipla durante um ano

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Um novo remédio contra a esclerose múltipla está em fase de desenvolvimento e traz esperança às pessoas que sofrem com a doença. O neurologista Xavier Montalban, diretor do Centro de Esclerose Múltipla da Catalunha está testando o Evobrutinib, medicamento via oral que promete inibir a ação da doença por até 48 semanas.

O Evobrutinib atua no bloqueio da molécula BTK (tirosina-quinase de Bruton), o que faz com que as células imunes da esclerose múltipla tenham sua ação reduzida e diminui as inflamações e os danos causados às células nervosas. Isso impede a progressão da doença e dos surtos causados por ela. Hoje, a esclerose múltipla não tem cura.

Auto-imune e inflamatória, a doença é causada pela perda de mielina, substância responsável por fazer impulsos nervosos percorrerem os neurônios. Essas lesões nos nervos provocam incapacitações neurológicas e comprometem a coordenação motora do paciente.

O estudo com o Evobrutinib foi apresentado em maio na Academia Americana de Neurologia na Filadélfia, com os resultados de um teste aplicado em 267 pacientes em doses diárias. A pesquisa foi desenvolvida durante 48 semanas e os resultados começaram a aparecer já nas primeiras 12.

A conclusão foi que os pacientes que receberam as doses do medicamento não tiveram nem recaídas ou surtos durante o tratamento, nem efeitos colaterais, e apresentaram uma melhora significativa durante todas as semanas utilizando o remédio, equivalente a quase um ano.

Ainda em fase de testes, o medicamento não tem previsão para chegar ao Brasil. De acordo com a ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla), é preciso que sejam realizados mais testes com humanos para obter a liberação em qualquer país.

Remédio

“Ainda necessita de ensaios mais longos para determinar os efeitos e os riscos em pessoas com esclerose múltipla”, explica a médica e pesquisadora científica da ABEM, Alice Estevo Dias.

Ela ainda diz quais são os remédios disponíveis no Brasil para tratar a doença: Interferona beta 1a (Avonex, Rebif), Interferona beta 1b (Betaferon), Acetato de glatiramer (Copaxone), Natalizumabe (Tysabri), Mitoxantrona (Novantrone), Fingolimode (Gilenya), Teriflunomida (Aubagio) e Alemtuzumabe (Lemtrada).

Fonte: Gazeta do Povo

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