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(Bloomberg) -- Sharon Bassett tenta estender a provisão de um mês do Advair, da GlaxoSmithKline, por 60 dias para economizar no tratamento da asma porque não existe uma versão genérica mais barata nos EUA.

Uma alternativa "faria toda a diferença para pessoas como eu", disse Bassett, aposentada de 65 anos. "Significaria ser capaz de respirar de forma praticamente normal."

Desde 2001, o Advair trata doenças pulmonares crônicas em crianças e adultos e gerou cerca de US$ 100 bilhões em receita para a Glaxo. No entanto, oito anos depois de a patente do medicamento expirar e dois anos após o inalador Diskus que o acompanha perder a exclusividade, o remédio continua sem concorrência de genéricos nos EUA -- e pacientes como Bassett pagam o preço.

"A jornada tem sido particularmente longa e frustrante", disse Steve Miller, diretor médico da Express Scripts Holding, que negocia preços de medicamentos para empregadores e seguradoras. "Estamos otimistas de que veremos um produto no segundo semestre do ano, mas faz tempo que temos essa expectativa."

Após uma série de contratempos nas fabricantes de medicamentos similares, o sistema de saúde do país e muitos dos 25 milhões de americanos com asma continuam sobrecarregados pelo custo do Advair. Quando os pacientes pulam doses, aumentam as idas ao pronto-socorro, o uso de medicamentos poderosos de "resgate" e as internações hospitalares, disse Christopher Fanta, pneumologista do Brigham & Women's Hospital, em Boston, afiliado à Universidade Harvard.

"Pelo fato de a asma ser comum entre crianças e adultos, a falta de esteroides inalados genéricos de baixo custo pode ser considerada um problema de saúde pública", disse o médico.

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A Glaxo afirma que o mercado de medicamentos respiratórios já é bastante competitivo e que o preço do Advair após reembolsos e descontos caiu cerca de 9 por cento ao ano nos últimos quatro anos. Isso o torna mais acessível, e, na média, os pacientes segurados pagam do próprio bolso US$ 40 por mês, segundo a empresa com sede em Londres.

"Em certos aspectos, copiar um medicamento é quase tão difícil, se não mais difícil, que criar um novo", disse James Ward-Lilley, presidente da Vectura Group, uma das farmacêuticas que tentam criar uma cópia do Advair.

Algumas empresas ainda tentam vencer os obstáculos para o genérico do Advair. Uma versão da Novartis foi reprovada em fevereiro e a expectativa, agora, é de lançamento antes do fim de 2019. Após uma disputa com o órgão que regula alimentos e remédios nos EUA (FDA, na sigla em inglês), a Vectura e a parceira Hikma Pharmaceuticals anunciaram que o produto delas pode não chegar antes de 2020.

A Glaxo afirmou que o lançamento de um genérico em meados de 2018 reduziria a receita anual gerada pelo medicamento nos EUA em mais da metade, para cerca de 750 milhões de libras esterlinas (US$ 1 bilhão). Sem um genérico, a receita cairia aproximadamente 30 por cento, segundo a empresa.

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