Retatrutida: remédio para obesidade reduz até 24% do peso

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No último dia 26, a farmacêutica Eli Lilly divulgou novos resultados de seu remédio para controle de peso, o retatrutida. No estudo, publicado no periódico The New England Journal of Medicine, os participantes perderam até 24% do peso. As informações ainda foram apresentadas no congresso da American Diabetes Association.

Para essa fase 2 dos estudos, a equipe avaliou o impacto do medicamento injetável em 338 pessoas com sobrepeso ou obesidade e acompanhou a situação após um ano de tratamento. Na ocasião, a empresa afirmou que os efeitos colaterais relatados com mais frequência foram os gastrointestinais, mas de gravidade leve a moderada.

"A obesidade é uma doença crônica tratável com uma biologia subjacente complexa. Estamos agora em meio a um cenário terapêutico em rápida expansão de opções de tratamento altamente eficazes em potencial para indivíduos com obesidade", apontou Ania Jastreboff, professoa da Yale e pesquisadora por trás do estudo.

"Os participantes tratados com a dose mais alta de retatrutida alcançaram uma redução média de peso de 24,2%. Considerando que os participantes ainda não haviam atingido um platô de peso na época o estudo terminou, parece que a eficácia total da redução de peso ainda não foi alcançada. Ensaios de fase 3 de duração mais longa permitirão uma avaliação abrangente da eficácia", acrescentou a cientista.

 

Como funciona a retatrutida?

Basicamente, a retatrutida age em três hormônios diferentes: GLP-1, GIP e glucagon. Assim, a proposta é aumentar a saciedade, diminuir a fome e ainda aumentar o gasto metabólico basal (ou seja, na queima de calorias).

A retatrutida também traz resultados empolgantes para pacientes com diabetes do tipo 2, já que o estudo acompanhou 281 pacientes durante 36 semanas e estes perderam uma perda média de 17% do peso.

 

Remédios para emagrecer têm conquistado espaço

Já não é de agora que os remédios para emagrecer chamam a atenção dos cientistas e da população, de modo geral. No entanto, os medicamentos injetáveis conquistam espaço aos poucos. O caso mais recente é o semaglutida (cujo nome comercial é Ozempic), primeiro remédio para obesidade no Brasil.

Mas os próprios especialistas sugerem que o uso da medicação deve ser aliado a outras estratégias terapêuticas, como exercícios, planos alimentares e controle emocional.

Antes, a semaglutida podia ser prescrita pela conta e risco dos médicos, mas para tratamento exclusivo de diabetes. Em pacientes com diabetes, reduz os níveis de açúcar no sangue e a hemoglobina A1C (a parte dos glóbulos vermelhos ligada à glicose). No entanto, a alta procura por Ozempic pode levar a falta do remédio nas farmácias, para se ter uma noção.

 

Fonte: The New England Journal of MedicineLilly Inventors

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