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Em uma conquista científica que pode transformar a vida de milhões, pesquisadores da Suécia e China demonstraram que a terapia genética pode restaurar parte da audição em pessoas que nasceram surdas. O estudo, publicado na Nature Medicine, envolveu dez pacientes entre 1 e 24 anos, tratados em cinco hospitais chineses. E os resultados foram mais do que promissores — principalmente em crianças.

A surdez congênita dos participantes estava relacionada a mutações no gene OTOF, responsável pela produção da proteína otoferlina, fundamental na comunicação entre o ouvido e o cérebro. Sem ela, os sinais sonoros não chegam corretamente à mente.

 

Como funciona o tratamento?

  • Um vírus adeno-associado sintético foi utilizado como vetor para levar uma versão funcional e modificada do gene OTOF às células do ouvido interno.
  • A aplicação consistiu em uma única injeção na base da cóclea, estrutura em forma de caracol responsável pela audição.
  • O procedimento foi bem tolerado por todos os pacientes e não gerou efeitos colaterais graves — a reação mais comum foi uma leve redução nos neutrófilos, sem risco clínico.

 

Crianças responderam melhor

  • A melhora auditiva começou a ser percebida em cerca de um mês após a aplicação.
  • Em seis meses, todos os participantes apresentaram recuperação parcial da audição.
  • Crianças entre 5 e 8 anos tiveram os resultados mais expressivos.
  • Uma menina de 7 anos, por exemplo, recuperou quase totalmente a capacidade de ouvir, e quatro meses após o tratamento, já conversava com sua mãe normalmente.

 

E os adultos?

Embora o tratamento tenha demonstrado menor eficácia em pacientes adultos e adolescentes, todos registraram algum progresso. É a primeira vez que esse tipo de terapia genética é testado em adultos — antes, os estudos se limitavam a crianças.

 

O que vem pela frente?

Os pesquisadores continuarão monitorando os dez participantes para entender os efeitos a longo prazo. Além disso, há planos para expandir as pesquisas e buscar terapias genéticas para mutações em outros genes relacionados à surdez, como GJB2 e TMC1.

 

Fonte: Superinteressante

 
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