A rede de farmácias Rite Aid está passando por um momento crítico, com o fechamento de mais de 200 lojas nos Estados Unidos como parte de seu processo de falência. A empresa, que já teve uma presença nacional robusta, atualmente opera cerca de 1.245 lojas em 15 estados, com maior concentração na Califórnia, Pensilvânia e Nova York.
O número de lojas fechadas aumentou significativamente desde a primeira lista divulgada, que incluía 47 unidades. Atualizações recentes adicionaram mais 68 estabelecimentos em sete estados, e outros 95 na última sexta-feira (17), elevando o total para mais de 200 lojas. Os estados mais afetados incluem a Pensilvânia, com 128 fechamentos, seguida pela Califórnia, Oregon e Virgínia.
A Rite Aid informou que os leilões das lojas devem começar ainda neste mês, com a expectativa de que todas as unidades sejam eventualmente vendidas ou fechadas definitivamente. Durante esse período de transição, os clientes ainda poderão comprar nas lojas físicas e online, retirar medicamentos e vacinas. No entanto, a partir do próximo mês, a empresa deixará de emitir pontos de recompensa, não aceitará mais cartões-presente e também não permitirá trocas ou devoluções.
A empresa, que já vinha enfrentando dificuldades financeiras há anos, entrou com pedido de recuperação judicial em 2023. Muitos clientes relataram prateleiras vazias e dificuldades no atendimento antes mesmo do anúncio da falência. O CEO Matt Schroeder afirmou que a Rite Aid está comprometida com uma transição suave para os clientes e tentará preservar o maior número possível de empregos.
Além disso, a empresa conseguiu um financiamento de US$ 2 bilhões para manter parte das operações nos próximos meses, enquanto as demais lojas são vendidas ou encerradas. Segundo Neil Saunders, diretor da consultoria GlobalData, a rede já vinha à beira do colapso há algum tempo.
A situação da Rite Aid reflete os desafios enfrentados pelo setor farmacêutico e varejista nos Estados Unidos, com mudanças rápidas no mercado e dificuldades financeiras impactando grandes redes. O futuro da empresa dependerá do sucesso das vendas e da capacidade de adaptação às novas condições do setor.
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