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Imagem: CoRus13, distribuída sob uma licença CC BY-SA 4.0

 

 

Nova combinação de Lunsumio e Polivy triplica o tempo sem progressão da doença e oferece alternativa segura para pacientes fora do transplante

A Roche apresentou dados promissores do estudo clínico SUNMO de fase III durante a 18ª Conferência Internacional sobre Linfoma Maligno. O estudo demonstrou que a combinação de Lunsumio® (mosunetuzumabe) e Polivy® (polatuzumabe vedotina), sem uso de quimioterapia tradicional, pode revolucionar o tratamento do linfoma difuso de grandes células B (DLBCL) recidivante ou refratário em pacientes que não são candidatos ao transplante de células-tronco.

 

Resultados que impressionam

Com um acompanhamento médio de 23,2 meses, os resultados mostram uma sobrevida livre de progressão (PFS) mediana de 11,5 meses — quase três vezes mais que o grupo controle com R-GemOx (3,8 meses). A nova combinação reduziu em 59% o risco de progressão da doença ou morte, mantendo taxas elevadas de eficácia:

  • 70,3% de taxa de resposta objetiva
  • 51,4% de resposta completa
  • 72,6% dos pacientes com resposta completa permaneciam em remissão após um ano

Mesmo entre pacientes com doença refratária primária — considerada de alto risco — a combinação foi eficaz, evidenciando consistência dos resultados em diferentes subgrupos.

 

Perfil de segurança e praticidade de administração

A grande inovação vai além da eficácia. A administração subcutânea de Lunsumio e intravenosa de Polivy apresenta um perfil de segurança favorável, com baixos índices de eventos graves e nenhuma ocorrência de neurotoxicidade associada. Isso possibilita seu uso em ambientes ambulatoriais e comunitários, representando uma oportunidade significativa para sistemas de saúde com recursos limitados.

"Acreditamos que esta combinação pode oferecer uma nova via terapêutica eficaz, pronta para uso e sem hospitalizações longas", afirmou Levi Garraway, diretor médico da Roche.

 

Impacto e próximos passos

Dado o cenário atual, em que até 40% dos pacientes com DLBCL recaem ou se tornam refratários aos tratamentos existentes, a urgência por novas opções é real. A terapia padrão — baseada em quimioterapia de alta dose seguida de transplante — não é viável para muitos, seja por idade, comorbidades ou acesso restrito a centros especializados.

Com base nos resultados, a Roche anunciou que pretende submeter os dados do estudo SUNMO às principais agências reguladoras, incluindo a FDA nos EUA. Paralelamente, a National Comprehensive Cancer Network (NCCN) já incluiu essa combinação como recomendação de categoria 2A em suas diretrizes clínicas.

 

Um novo paradigma no tratamento do linfoma

A proposta da Roche vai além de uma alternativa terapêutica: ela representa um novo paradigma ao combinar pela primeira vez um anticorpo biespecífico (Lunsumio) com um conjugado anticorpo-droga (Polivy). Isso inaugura uma geração de tratamentos menos tóxicos, mais direcionados e capazes de atender com agilidade pacientes que tradicionalmente ficavam sem opções eficazes.

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