A Roche, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, investiu em um laboratório de controle de qualidade no Brasil. A unidade, que foi inaugurada em maio deste ano e recebeu um investimento de R$ 40 milhões.
O laboratório fica no bairro do Jaguaré, na zona oeste de São Paulo, e tem como missão analisar parte dos medicamentos que a Roche importa da Suíça. Mas não são todos os produtos que passam por esse processo. Segundo a legislação brasileira, apenas as moléculas sintéticas, como comprimidos, cápsulas e xaropes, precisam ser re-testadas no país. Os medicamentos biológicos, que são produzidos a partir de células vivas, têm a qualidade garantida pela validação da cadeia de transporte. Informou o Panorama Farmacêutico.
Mas por que re-testar os medicamentos sintéticos? A resposta é simples: para garantir que eles estejam em perfeitas condições de uso e segurança para os pacientes.
O laboratório de controle de qualidade da Roche é responsável por verificar se os produtos não sofreram nenhuma alteração durante o transporte ou o armazenamento, se estão dentro dos padrões de qualidade exigidos pela Anvisa e se têm as mesmas características do lote original.
Para isso, o laboratório conta com equipamentos de última geração e uma equipe altamente qualificada. Além disso, o espaço foi planejado para otimizar o uso dos recursos e minimizar o impacto ambiental. “Nossas preocupações ao desenhar a planta era usar o menor número de amostras sem interferência na qualidade dos testes, garantir maior disponibilidade do produto e ao descatar, ter uma redução do impacto ambiental”, comentou Ana Maria Resende, Senior Quality Manager na Roche.
O laboratório recebe cerca de 25% dos medicamentos que a Roche importa da Suíça. Eles chegam ao Brasil pelo centro de distribuição da empresa em Aparecida de Goiânia (GO) e depois são enviados para São Paulo. O tempo médio entre a chegada do produto ao país e a liberação do lote para venda é de 12 a 19 dias, dependendo do tipo e da quantidade de testes necessários.
“ Para a legislação, o re-teste aplica-se a moléculas sintéticas, como comprimidos, cápsulas e xaropes, por exemplo. Para os medicamentos biológicos, a qualidade é garantida por meio da validação da cadeia de transporte”, comentou Liana Oliveira, Quality & Regulatory Strategy and Policy Enabler.
Um detalhe interessante é que o laboratório tem alguns espaços vazios nas bancadas entre as máquinas. Isso não é um erro, mas uma estratégia para o futuro. Esses espaços são reservados para a instalação de novos equipamentos, caso seja necessário ampliar a capacidade ou incorporar novas tecnologias. Assim, o laboratório se mantém preparado para acompanhar as inovações da Roche e as demandas do mercado.
O laboratório de controle de qualidade da Roche é um exemplo de como a empresa investe na excelência dos seus produtos e na saúde dos seus clientes. E você, o que achou dessa iniciativa? Deixe seu comentário e compartilhe este post com seus amigos!
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