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Sanofi busca diminuir dependência de seu ‘best seller’ Dupixent

 

A gigante farmacêutica francesa Sanofi acaba de anunciar que vai comprar a Inhibrx por até US$ 2,2 bilhões, em um acordo que inclui um pagamento inicial de US$ 30 por ação e um pagamento adicional de US$ 5 por ação se o INBRX-101 atingir um marco regulatório. Com isso, a Sanofi reforça a sua estratégia de investir em medicamentos inovadores e diversificar o seu portfólio, que hoje depende muito do seu produto mais vendido, o Dupixent, um medicamento para asma e dermatite atópica. Informou a Bloomberg.

A Inhibrx é uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos que está desenvolvendo um medicamento inovador para uma doença genética rara que afeta os pulmões e o fígado. Essa doença é chamada de deficiência de alfa-1 antitripsina e afeta cerca de 1 em cada 2.500 pessoas no mundo. Quem tem essa condição produz pouca ou nenhuma proteína que protege os órgãos respiratórios e hepáticos, o que pode levar a enfisema, cirrose e até câncer.

O seu medicamento experimental, o INBRX-101, é uma terapia baseada em anticorpos que visa repor a proteína deficiente e restaurar a função normal dos pulmões e do fígado. O INBRX-101 já mostrou resultados promissores em estudos clínicos de fase 1 e 2, e está prestes a entrar na fase 3, a última antes da aprovação regulatória.

A Sanofi é uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, com receita de mais de US$ 40 bilhões em 2020. Ela tem uma forte presença em áreas como vacinas, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças infecciosas. Mas nos últimos anos, ela vem buscando se renovar e se tornar mais competitiva em áreas como oncologia, terapia genética e doenças raras, seguindo os passos de concorrentes como Novartis e Roche.

Para isso, a Sanofi vem realizando uma série de aquisições de pequenas e médias empresas de biotecnologia que possuem medicamentos promissores em desenvolvimento. Alguns exemplos são a Synthorx, que desenvolve imunoterapias para câncer, a Principia Biopharma, que desenvolve tratamentos para doenças autoimunes, e a Kymab, que desenvolve anticorpos terapêuticos para diversas doenças.

A compra da Inhibrx se encaixa nessa lógica e mostra o compromisso da Sanofi em apostar na inovação e no crescimento de longo prazo. O CEO da Sanofi, Paul Hudson, anunciou uma nova era de pesquisa e desenvolvimento na empresa, que inclui aumentar os gastos com o desenvolvimento de medicamentos nos próximos anos. Essa decisão exigiu o abandono de antigas metas de lucro e irritou alguns acionistas, mas Hudson argumenta que o pipeline de medicamentos experimentais da Sanofi é agora tão promissor – juntamente com os recursos da empresa para adicionar a ele com negócios como este – que aumentar os gastos criará mais valor no longo prazo.

O acordo com a Inhibrx ainda precisa ser aprovado pelos órgãos regulatórios competentes e pelos acionistas da Inhibrx. A expectativa é que a transação seja concluída no primeiro trimestre de 2022. Se tudo der certo, a Sanofi poderá lançar o INBRX-101 no mercado nos próximos anos e oferecer uma nova esperança para os pacientes com deficiência de alfa-1 antitripsina.

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