Saúde responde: O que é erisipela e quais os sintomas?

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Jornalista: Matheus Moreira

25/10/19 -  Na noite desta quarta-feira (23), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi internado no Hospital Sírio-Libanês com quadro de erisipela, uma doença infecciosa da pele. O tratamento da doença é feito por meio de antibióticos. 

 

A erisipela costuma afetar pessoas mais velhas, mas pode atingir qualquer um em qualquer idade. A infecção se dá por dois tipos de bactéria: a Haemophilus influenzae e a Streptococcus pyogene. A última é a mais comum.  

A bactéria se instala na camada mais profunda da pele, nos tecidos subcutâneo e gorduroso, disseminando-se pelos vasos linfáticos, causando dor, vermelhidão, sensação de calor no local e rigidez.  

A erisipela surge por uma porta de entrada para a bactéria, como uma ferida ou uma picada de inseto que foi coçada. “Quando a infecção atinge a camada mais profunda da pele, diagnosticamos a condição como erisipela”, explica Alessandra Romiti, coordenadora de cosmiatria da SBD (Sociedade Brasileira De Dermatologia).  

Segundo Romiti, a má circulação pode facilitar o surgimento de feridas nas pernas e, consequentemente, a infecção. O diagnóstico precisa ser feito o quanto antes para que a infecção não tome proporções maiores, formando abscessos (bolsas de pus que podem se acumular em tecidos). 

Apesar de rara, a infecção pode evoluir para um quadro mais grave se não for tratada e atingir outros órgãos do corpo caso chegue à corrente sanguínea.  

Internações em decorrência de casos de erisipela podem ocorrer quando a bactéria apresenta resistência ao antibiótico ou quando há pressa para a melhora do paciente. Em ambos os casos, a internação é realizada para que o antibiótico seja administrado diretamente na veia. 

 

A prevenção da doença passa pelo cuidado em não coçar picadas de insetos e higienizar bem ferimentos, lavando-os com água e sabão. Ainda segundo Romiti, também é importante estar atento a ferimentos causados durante a remoção de cutícula em manicures e pedicures.  

“A prevenção é evitar as portas de entrada da bactéria tratando, por exemplo, micoses nos pés. Damos atenção especial para pessoas diabéticas, porque elas têm menor sensibilidade nos pés e podem ter feridas que sequer sabem que estão lá. Pessoas com varizes, por exemplo, devem fazer acompanhamento preventivo. Existem alguns pacientes que tem a erisipela recorrente, e devem ser acompanhadas periodicamente pelos médicos.”

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